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Brasil

Hang nega ter defendido golpe e fala em "caça às bruxas" no país

Alvo de operação, dono da Havan disse que empresários jamais cometeriam "tamanha imbecilidade"

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Luciano Habg
• Atualizado em
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O empresário Luciano Hang, das lojas Havan, se pronunciou na tarde desta 3ª feira (23.ago) após ser um dos alvos da operação da Polícia Federal que mirou empresários que teriam compartilhado mensagens defendendo um golpe de Estado. Hang voltou a negar que tenha publicado mensagens com esse teor, disse que empresários jamais cometeriam "tamanha imbecilidade" e afirmou que há uma "caça às bruxas" no país.

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"O que nós estamos vendo hoje neste momento é realmente uma caças às bruxas, eu acho que nós estamos vivendo momento sombrio no Brasil, num momento que nós temos eleições agora no dia 2 de outubro, onde nós sim precisamos ter liberdade de pensamento, liberdade de expressão e a democracia onde os dois lados possam interagir, levar as suas mensagens ao povo brasileiro para que os brasileiros possam escolher livremente entre A ou B", disse em coletiva de imprensa transmitida pelo SBT News em parceria com o Sistema Catarinense de Comunicações (SCC), afiliada do SBT em Santa Catarina.

Na manhã desta 3ª, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de empresários que compartilharam mensagens em que defendiam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula vença as eleições deste ano. As ordens de busca e apreensão foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Hang qualificou a ação da PF como "atentados" à liberdade e à democracia: "À liberdade de expressão e à liberdade de pensamento, e à liberdade à democracia, porque, se só batem em um lado, o outro lado anda sozinho [...] Eu só vejo apanhar um lado, o lado do presidente". Também afirmou que os empresários "jamais pensam em fazer tamanha imbecilidade de atentar contra a democracia e contra os Poderes".

O dono da Havan também negou que tenha escrito mensagens "contra qualquer um dos Poderes" e disse ter sido incluído no grupo por pessoas que desconhece. Porém, defendeu que grupos de WhatsApp são como uma "mesa de bar". "A partir do momento que ele é um grupo privado, as pessoas se sentem muito à vontade de se expressar nesse grupo. Ali nesse grupo, era um grupo eclético, tinha todo tipo de vertentes de partidos políticos. Então as pessoas interagiam e dava as suas opiniões. Não é crime ter uma opinião divergente das outras. Acho que o crime maior é tirar determinadas mensagens desse grupo, jogar para a imprensa como se aquilo verdadeiro fosse. De repente, uma mensagem foi uma resposta para alguém, de repente foi uma opinião de alguém."

Confira a íntegra da entrevista coletiva:

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