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Jornalismo

"Eu perdoo, mas ele tem que pagar", diz mãe de jovem atropelado no RJ

Marina Cardim prestou depoimento. Bruno Krupp está preso e polícia investiga interferência de médico contratado

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Montagem de fotos com mulher negra em pé, sendo amparada por outra mulher e, à direita, jovem negro de óculos e chapéu de palha
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A mãe do adolescente João Gabriel Cardin, morto após ser atropelado pelo modelo Bruno Krupp, prestou depoimento na 2ª feira (09.ago), no Rio de Janeiro (RJ). O depoimento durou mais de quatro horas e, muito abalada, Marina Cardim passou mal, tendo que interromper o diálogo com os policiais. 

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Segundo a mãe do jovem, que tinha 16 anos, afirmou que não guarda mágoa do modelo, mas pede a punição pelo ato. "Que fique claro que meu coração não guardou ódio desse rapaz, mas ele precisa ser responsabilizado para que outras pessoas não sejam vítimas dele. Eu estou conseguindo lidar com isso com muita fé. E remédio. Somente isso. E com o apoio de toda a minha família e meus amigos", lamentou Marina. 

Bruno Krupp foi preso acusado pelo atropelamento e morte do adolescente na noite do último sábado (30.jul). A moto que o modelo pilotava foi flagrada em alta velocidade quando atingiu João Gabriel. Dias antes do crime, Krupp foi parado em uma blitz com documentos irregulares. O veículo foi apreendido, mas recuperada. 

Polícia investiga ajuda de médico contratado para atrasar prisão 

Segundo a Polícia Civil, o modelo teve ajuda do médico Bruno Nogueira Teixeira, que conseguiu manter Krupp mais tempo no hospital sem que ele fosse preso. Teixeira deverá prestar depoimento ainda na 3ª feira (09.ago). 

O médico foi contratado pela família do modelo enquanto ele estava internado em um hospital particular no Méier, sob custódia. De acordo com a polícia, enquanto a equipe médica dava alta para que Krupp fosse transferido para o presídio, esse médico contratado tentou manter o atropelador internado na clínica ou transferi-lo para outros hospitais, alegando que o modelo estava com problemas nos rins. 

A Civil investiga, então, a possível fraude processual, pela obstrução das investigações. Bruno Krupp foi transferido para a cadeia no Complexo de Gericinó, em Bangu. O modelo teve o pedido de habeas corpus negado pelo plantão judiciário do Tribunal de Justiça do estado. 

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