Investigado por tráfico, Filipe Ret sai de delegacia sem prestar depoimento
Polícia afirma que pela quantidade e forma de armazenamento, maconha era usada para consumo próprio
SBT News
O cantor Filipe Ret deixou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), na Zona Norte do Rio de Janeiro, na tarde desta 3ª feira (19.jul) sem prestar depoimento. O artista foi levado para depor após ser flagrado com maconha em uma festa, mas segundo o delegado responsável usou o direito constitucional de permanecer em silêncio.
Indagado sobre o depoimento por jornalistas que o aguardavam na saída da delegacia especializada, Filipe Ret aproveitou o assédio para falar da sua agenda de shows e sobre o lançamento de uma nova música, mas nada declarou sobre as investigações do evento que recebeu o apelido de "open beck" ou maconha liberada.
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Investigações
Foram cumpridos nesta 3ª mandados de busca e apreensão em cinco endereços ligados ao rapper. Em dois deles, foram encontrados material entorpecente. Além de maconha, os agentes apreenderam produtos para embalar a droga e o telefone celular do cantor. O artista estava hospedado em um resort de luxo de Angra dos Reis, na Costa Verde, quando foi surpreendido com a chegada dos policiais.
Segundo o delegado Marcus Amin, titular da DRE, que conduz as investigações, pela quantidade e forma de armazenamento, a droga era para uso pessoal. O delegado afirmou que no momento em que foi abordado por agentes, Ret ficou surpreso, mas não esboçou nenhuma reação. O material será analisado por agentes da especializada e passará por uma perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
"Como foi encontrado material entorpcente em dois endereços do investigado pra consumo, ele, em tese, se encontra na situação em flagrante de porte pra consumo pessoal e aqui na delegacia, se ele assinar o termo de compromisso de comparecer em juizo, e responder a todos os atos do processo, ele fimar esse compromisso aqui, ele ele é liberado e autuado no porte pra consumo", explicou o delegado.
Filipe Ret assinou um termo circunstanciado em que assume o compromisso de participar de todos os atos do processo junto ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). Com base nas imagens da casa de shows - onde ocorreu a festa com maconha liberada, e que também foi alvo da busca e apreensão, a polícia pode identificar outros envolvidos.
"Quem for identificado arrecadando cigarro no balde e, eventualmente, fazendo uso - nao precisa nem propriamente consumir, só de arrecadar também, configura um crime do artigo 28, no caso, como usuário, um crime de menor potencial ofensivo", alerta o delegado Marcus Amin.