Família de Arruda diz que inquérito tem contradições e cobra documentos
Militante do PT foi morto a tiros. Na internet, indiciado pelo crime diz ser bolsonarista
Os advogados da família do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, divulgaram nesta 6ª feira (15.jul) uma nota pública sobre a conclusão do inquérito da morte do militante petista, ocorrida no domingo (10.jul). Arruda foi baleado durante a própria festa de aniversário de 50 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná.
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Hoje, a polícia civil convocou uma entrevista coletiva para detalhar a conclusão do inquérito da morte de Marcelo Arruda. A delegada Camila Cecconello descartou motivação política no assassinato do militante petista. Segundo a polícia, o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho interrompeu a festa. Os dois discutiram. Marcelo atirou pedras em direção ao carro do agente que chegou a deixar o local. Foi então que o petista buscou a arma funcional no carro.
O agente penal retornou após 10 minutos e desceu já apontando a arma para Marcelo. Guaranho então dispara duas vezes contra Marcelo, que cai no chão. Mesmo ferido, o guarda municipal reage e dispara contra o policial penal federal, que também cai ferido, do outro lado do salão. Jorge José Guaranho está hospitalizado, em estado estável e sob custódia policial.
Defesa
Para os advogados de Marcelo Arruda, o "relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo. Por certo, a necessária continuidade das investigações demonstrará que a nossa convicção quanto as motivações políticas do assassinato", cobram em nota pública.
O grupo também afirma que não teve acesso oficial ao relatório de conclusão do inquérito e reforçam que o crime "é resultado de um clima de ódio instigado por quem deveria ser exemplo de ética, moralidade, respeito e carinho por seu povo".
Eles reclamam ainda que "não foram deferidas e promovidas as diligências necessárias para a finalística adequada da investigação, ocasionando prejuízos irreparáveis a conclusão do inquérito, favorecendo o assassino e a não persecução penal de eventuais terceiros envolvidos ou partícipes de qualquer forma, inclusive tendo em vista, repita-se a exaustão, os requerimentos formulados a autoridade policial (desconsiderados) e o parecer do Ministério Público já citado, também ignorado", concluem.
Leia a íntegra da nota: