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Brasil

Quase 300 pinguins aparecem mortos em praias de Florianópolis

Captura por redes de pesca e desnutrição devido a migração desde a Patagônia são as principais causas das mortes

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Pinguins mortos em praias de Florianópolis
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Em pouco mais de 40 dias, 297 pinguins-de-Magalhães foram registrados nas praias de Florianópolis, o que é comum nesta época do ano e segue até a primavera, o que chamou a atenção da temporada de migração deste ano, no entanto, foi o alto número de aves resgatadas mortas, alertou a Associação R3 Animal.

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De acordo com organização, dos 297 pinguins encalhados, 279 já estavam mortos no momento do resgate. Somente em um único dia, 41 aves foram resgatadas mortas entre a Barra da Lagoa e a Praia do Moçambique. Dos 18 pinguins resgatados vivos apenas cinco resistiram e seguem em reabilitação. Atualmente, 10 pinguins estão em reabilitação. Dois da temporada passada, que encalharam no início do ano, dois resgatados pela Univali, no Litoral Norte e um resgatado pela Univille, na região de São Francisco do Sul. 

"Infelizmente ao exame de necropsia a maioria dos animais apresentam alterações compatíveis com afogamento por interação antrópica (captura não intencional por petrechos de pesca -- bycatch), além de sinais de desnutrição devido ao longo caminho percorrido durante a migração e falta de alimento neste período", explica a médica veterinária Janaína Rocha Lorenço. 

A grande maioria dos animais foi resgatada durante o monitoramento diário, realizado nas praias da faixa leste, totalizando 222 pinguins. O restante foi resgatado após moradores da região acionarem o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) 

Os animais resgatados com vida geralmente são juvenis, estão em seu primeiro ano de vida e encaram pela primeira vez a migração desde a Patagônia. Como são inexperientes, após esse longo trajeto eles chegam exaustos e magros, e alguns não resistem. 

O encalhe diário de pinguins nas praias nesta época é comum e segue até a primavera. O que chama a atenção é o encalhe em massa, como o que aconteceu no dia 26 de junho. A técnica de monitoramento Amanda Lucena Fernandes encontrou 41 pinguins mortos entre as praias da Barra da Lagoa e do Moçambique. No dia seguinte, a técnica de monitoramento Paula Azevedo Figueiredo encontrou mais 14 no mesmo trecho. 

Embora os números pareçam altos, eles representam um padrão de encalhe destes animais em 2022. Ao longo do ano de 2021, a R3 Animal registrou 1.728 pinguins nas praias da Ilha, apenas 178 estavam vivos no momento do resgate. 

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