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Polícia do Rio indicia madrasta que envenenou enteados

Após cometer o crime, Cíntia Mariano tentou apagar as mensagens de celular que a incriminavam

Polícia do Rio indicia madrasta que envenenou enteados
Mulher loira sendo presa, adolescente com rosto borrado e garota com blusa branca
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A Polícia do Rio de Janeiro indicou nesta 5ª feira (7.jul) Cíntia Mariano Dias Cabral, pelo homicídio da estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e a tentativa de homicídio do irmão dela, Bruno Carvalho Cabral, de 16. Os jovens eram enteados de Cíntia e teriam sido envenados pela acusada.

Segundo as investigações a madrasta envenenou as refeições de Fernanda e Bruno, em 15 de março e em 15 de maio, respectivamente. Ela teria usado o inseticida chumbinho.

Uma perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli no celular de Cíntia, mostrou que a suspeita pesquisou na internet sobre "como apagar mensagens de whatsapp", na tarde do dia de 27 de abril. A perícia recuperou as mensagens, que estão anexadas no inquérito. O relatório está com a Delegacia de Realengo que apura o caso. 

A 33ª DP já concluiu que a madrasta colocou veneno nas comidas oferecidas aos dois enteados, na casa dela, por ciúmes que tinha do marido, pai de Fernanda e Bruno. Ela não aceitava dividir a atenção do companheiro com os filhos dele e, por isso, quis matar os jovens. 

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Nas mensagens recuperadas no celular da suspeita ela chegou a desejar uma boa recuperação a enteada, quando Fernanda estava internada.

Em uma delas, fala com um irmão: "Wesley, Bruno veio almoçar aqui e foi envenenado. Uma desgraça está acontecendo aqui". A mensagem foi escrita pouco depois do meio dia, do dia 16 de maio. No dia seguinte após o estudante ter sido internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. Na mesma mensagem o irmão pergunta: "Mas, como assim? Se ele comeu aí. Onde ele está?".

Em outro diálogo, uma amiga da família escreve a Cíntia: "Cheguei na delegacia, Bruninho tá no CTI igual Fernanda, mesmas coisas, só que ele chegou a ver e contar para tia Jane. Viu coisas azuis no feijão, veneno. Disse que a madrasta na hora ficou nervosa, começou a pegar o prato dele, trocar, apagar a luz da cozinha, porque ele sentiu o gosto. Agora, tá no Albert". Na sequência, ela encaminhou um print dessa mensagem a seu outro filho biológico, Lucas Mariano Rodrigues.

Em outro trecho da conversa pelo aplicativo de mensagens, Cíntia então escreve algo que apaga em seguida e o filho dela Lucas responde: "Mãe, você tá me acusando, você tá vendo as coisas que tá fazendo? Eu sou seu filho, cara. Pelo amor de Deus! Assuma suas responsabilidades. Eu tô ficando com vergonha de te olhar. Eu pedi para você me contar a verdade, cara, você tá acusando as pessoas por coisas que você fez. Acabou, mãe. Acabou. por favor! Não faça isso. Assuma o que você fez. Eu não tô aguentando isso tudo. Eu tô passando mal. Por favor".

O laudo complementar de necropsia realizado no cadáver exumado de Fernanda atestou que embora o exame toxicológico não tenha sido capaz de identificar substâncias tóxicas, a análise de prontuário médico do Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde a jovem ficou internada por doze dias, indica que a eliminação do chumbinho, é rápida.

Já o laudo complementar do exame de corpo de delito de lesão corporal feito a partir da análise do material gástrico de Bruno já mostrava que o estudante havia sido vítima de uma "ação química, envenenamento por carbamatos".

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