Saúde investiga 10 mortes suspeitas de hepatite aguda desconhecida
Mais de 80 casos da doença estão sob investigação, sendo a maioria em meninos
Camila Stucaluc
O Ministério da Saúde informou que está analisando 10 mortes suspeitas de hepatite aguda desconhecida no Brasil. Apesar do país ainda não registrar casos confirmados da doença, 163 infecções já foram notificadas em 19 estados, sendo que 67 foram descartadas, 86 estão sob investigação e duas são prováveis.
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Segundo a pasta, os casos suspeitos são definidos como aqueles que acometem jovens de seis até 17 anos com quadro de hepatite aguda e diagnóstico negativo para hepatites A, B e C, dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Do total de ocorrências em investigação, 47,6% são pertencentes ao grupo feminino, enquanto 52,3% são de meninos.
Os óbitos suspeitos da doença são procedentes dos estados do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, as autoridades de saúde identificaram o transplante de fígado de 10 dos possíveis infectados.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para 920 casos e 18 mortes relacionadas à hepatite aguda desconhecida no mundo. Grande parte dos casos foi relatada na Europa, com 460 ocorrências, seguido pela região das Américas (383), Pacífico Ocidental (61), Sudeste Asiático (14) e Região do Mediterrâneo Oriental (2).
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Análises preliminares mostram que o quadro clínico da doença consiste em inflamação do fígado e inclui elevada taxa de enzimas hepáticas, fraqueza, vômito, diarreia e dores abdominais. Alguns casos também provocaram insuficiência hepática e necessitam de transplante. A doença acomete, sobretudo, menores de idade.