Laudo comprova que madrasta envenenou enteado com chumbinho
Cintia Mariano teve a prisão temporária prorrogada por 30 dias; enteada também pode ter sido envenenada
SBT News
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, atendeu ao pedido do Ministério Público nesta 3ª feira (14.jun) e prorrogou por mais trinta dias a prisão temporária de Cintia Mariano Cabral, suspeita de envenenar os enteados Bruno e Fernanda Cabral. Bruno, de 16 anos, sobreviveu à tentativa de homicídio qualificado registrada em maio, mas a irmã dele, que tinha 22 anos, morreu em 28 de março, depois de permanecer 13 dias internada.
A decisão foi dada após resultado de um exame no IML (Instituto Médico Legal) que comprovou que o adolescente foi intoxicado com chumbinho. Ao decidir pela prorrogação, o magistrado considerou o relatório da 33ª Delegacia de Polícia, responsável pelo inquérito. Inicialmente, ele foi instaurado para apurar o caso de Bruno. Entretanto, no decorrer das investigações foi descoberta a semelhança com a dinâmica da morte de Fernanda. A polícia não descarta que a jovem também tenha sido envenenada pela madrasta.
Para o juiz, "somente a manutenção da prisão de Cintia possibilitará a eventual aplicação da Lei Penal e a instantânea garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração criminosa, o que indiciariamente já se viu nestes autos em razão do surgimento de elementos do segundo fato agora melhor apurado. Ademais, tal medida se mostra indispensável, reitero, para o êxito da investigação criminal".