Policiais federais protestam por valorização da categoria nesta 5ª feira
Mobilização é resposta a recuo do Governo Federal
As principais entidades representativas da Polícia Federal (PF) farão nesta 5ª feira (28.abr) atos, em 20 estados e no Distrito Federal, pela valorização das forças de segurança pública e para reivindicar a assinatura da Medida Provisória (MP) da reestruturação das carreiras policiais da União. Os protestos estão marcados para unidades da PF, em horários definidos internamente em cada uma delas. Os participantes devem levar faixas e promover manifestações de ordem.
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De acordo com Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a mobilização é uma resposta ao recuo do Governo Federal em promover a reestruturação e, no lugar, promover um reajuste linear de 5% para todos os servidores públicos federais. O Orçamento Anual de 2022 prevê R$ 1,7 bilhão para as carreiras policiais federais.
Na semana passada, após se reunirem com o ministro da Justiça, Anderson Torres, várias entidades anunciaram que fariam os atos. Eles foram ratificados em assembleias feitas pelas carreiras de servidores da PF. Além da ADPF, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) apoiam a mobilização.
O aumento da pressão de policiais e forças de segurança para cumprimento do reajuste salarial, prometido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, alimentou reivindicações de outras categorias do funcionalismo público e pode chegar ao Judiciário. A greve dos servidores do Banco Central (BC) -- iniciada em 1º de abril e encerrada no dia 16 -- fez com que a autoridade monetária adiasse o início da segunda etapa de consultas e saques do Sistema de Valores a Receber (SVR). Estava previsto para 2 de maio, mas, agora, não há uma data. A primeira etapa terminou em 16 de abril. Nela, 28 milhões de pessoas ou companhias puderam sacar até R$ 3,9 bilhões. Na segunda fase, os saques das quantias esquecidas poderão ser feitos de cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso; contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível; contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários; e demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.
Segundo o BC, que promete anunciar o novo dia para o início dessa etapa com a antecedência devida, a paralisação "prejudicou o cronograma de desenvolvimento das melhorias do Sistema de Valores a Receber". Os servidores pretendem retomar a greve em 3 de maio, se não houver acordo.
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