Fazendeiro que matou Lucas Valença agiu em legítima defesa, diz polícia
O autor do crime vai responder por posse ilegal de arma de fogo
A Polícia Civil de Goiás concluiu, nesta 4ª feira (13.abr), que o autor do disparo contra o policial federal Lucas Valença agiu em legítima defesa. O fazendeiro que matou Valença, em 2 de março, foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo. Conhecido como "hipster da Federal", o policial, que tinha 36 anos, foi baleado após invadir a casa da família do fazendeiro na zona rural de Buritinópolis, Goiás.
O inquérito foi concluído e enviado à justiça nesta última 3ª feira (12.abr).
A Polícia Militar foi acionada pelo próprio morador. Ele relatou que estava em casa com a esposa e a filha de três anos, quando ouviu barulhos em volta da residência e xingamentos. Segundo o homem, o policial federal teria gritado que na casa havia um demônio, antes de desligar a energia do lugar e começar a bater na porta até arrombá-la. No escuro e com medo, o morador atirou em direção à porta com uma espingarda e só descobriu que havia atingido a vítima quando reestabeleceu a energia da casa.
Ele acionou a Polícia Militar e o SAMU, mas a equipe de saúde constatou o óbito no local. O incidente ocorreu no povoado de Santa Rita, zona rural de Buritinópolis.
O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para recolher o corpo enquanto era feita a perícia do local. O autor do disparo foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo, mas foi solto após pagar fiança e aguarda a investigação em liberdade.
À Polícia Civil, amigos e parentes de Lucas Valença afirmaram que ele se encontrava em surto desde o dia anterior ao incidente e que ele fazia tratamento psicológico e utilizava remédios controlados.
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