Polícia do Rio faz operação contra fraudes em criptomoedas
São cumpridos nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta 2ª feira (4.abr), a operação Aryan, que tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa responsável por fraudar investimentos de pessoas físicas em criptomoedas. Entre os crimes investigados estão estelionato, lavagem de dinheiro e crimes contra a população.
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No total, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços nobres da cidade de Niterói, São Gonçalo, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e no Itanhangá. Também são alvos de dois mandados de prisão temporária o empresário Sadraqui de Freitas e o ex-pastor evangélico Nathan Assis de Oliveira, que são respectivamente o CEO e o sócio da empresa Alpha Consultoria, sediada no Centro da cidade de Niterói e com abrangência em todo Brasil.
De acordo com os agentes, a Alpha foi aberta em fevereiro de 2021 com a promessa de entregar rendimentos de até 30% ao mês para os investidores de criptomoedas. Após dois meses, no entanto, a empresa começou a atrasar o pagamento dos rendimentos dos clientes com a justificativa de que uma grande Exchange (Corretora de Criptomoedas), onde eram realizadas as supostas operações da Alpha, havia efetuado o bloqueio das contas da empresa indiscriminadamente.
Após solicitarem informações, os investigadores receberam resposta oficial da Exchange esclarecendo que as contas vinculadas à empresa, como também aos seus sócios, nunca foram bloqueadas, havendo, inclusive, um módico valor disponível para saque. Paralelamente a isso, os agentes identificaram que em poucos meses os dois sócios movimentaram mais de R$ 200 milhões nas contas bancárias particulares, o que apontou para a prática do clássico golpe financeiro.
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No total, o empresário Sadraqui possui 30 anotações criminais por estelionato, organização criminosa, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular. Nathan, por sua vez, tem 24 anotações pelos mesmos crimes.
