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Vídeo: Crianças eram mantidas amarradas em banheiro de escola infantil em SP

A polícia começou a investigar o local após vídeos dos maus-tratos circularem na internet

Imagem da noticia Vídeo: Crianças eram mantidas amarradas em banheiro de escola infantil em SP
crianças em cadeirinha
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A direção da Escola Infantil Colmeia Mágica, localizada na zona leste de São Paulo, está sendo investigada após vídeos divulgados nas redes sociais mostrarem crianças em situação de maus-tratos. 

Nas imagens, quatro crianças são vistas chorando amarradas, com os braços presos por panos, em cadeirinhas no interior de um banheiro.

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Nesta 3ª feira (15.mar), pais de alunos realizaram um protesto em frente ao colégio fechado. Fernanda Pelissari, mãe de um aluno de 2 anos, não imaginava o que acontecia na escola. "Ele já vinha dando indícios de algo errado, mas a gente não percebe, acaba não percebendo. As noites mal dormidas, acorda assustado, chorando", relata.

Ela não suspeitava da conduta da diretora do colégio: "Ela passava uma segurança muito grande para a gente, havia sinais, mas a gente não percebia, achava que o comprometimento dela com as nossas crianças e com a gente era muito grande. Para nós, pais, aqui não era um lugar onde nós deixávamos os nossos filhos, aqui era um lugar onde a gente tinha um amparo técnico, pedagógico, um amparo de amor".

A proprietária da escola foi ouvida pela polícia e liberada. Ela é investigada por suspeita de maus-tratos de alunos. O advogado dela, André Dias, afirmou que as acusações a princípio tratam-se de uma armação e que a escola não tinha conhecimento deste tratamento com as crianças.

A direção da escola em comunicado enviado aos pais, disse que as acusações sobre o tratamento dado pela instituição de ensino às crianças são "infundadas e absurdas". As atividades no local ficarão suspensas por um período inicial de 15 dias, "por medida de segurança". 

Em nota a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as investigações estão em andamento e mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.

Em maio de 2010, uma criança de apenas quatro meses que estava na Escolinha Colmeia Mágica, morreu após passar mal e ser socorrida ao hospital, onde deu entrada com parada cardiorrespiratória. À época, a dona da escola afirmou que sua irmã, ao trocar a fralda da bebê, percebeu que ela estava com dificuldade para respirar. Em seguida, com a ajuda de seu cunhado, socorreu primeiramente até uma clínica, onde foi informada que não possuíam condições de atender o bebê. Ela seguiu para o hospital, onde foram realizados vários procedimentos e após uns quarenta minutos, recebeu a notícia de que ela havia morrido. 

O laudo necroscópico apontou asfixia por broncoaspiração ao engasgar com a mamadeira. A proprietária e as funcionárias foram inocentadas.

Segundo o promotor de Justiça, Airton de Oliveira Negrão, "De acordo com a prova testemunhal produzida, aliada aos demais elementos probatórios constantes dos autos, verifica-se que as proprietárias da creche não agiram com negligência, tomando as devidas cautelas com relação às crianças que se encontravam na escolinha. Desse modo, em que pese a indiscutível gravidade do fato, não se vislumbra qualquer responsabilidade das averiguadas pela morte da criança, nada constando que demonstre que elas devessem ter se acautelado ainda mais para evitar o resultado, tratando-se verdadeiramente, de uma lamentável fatalidade".

A Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo afirmou que está apurando o caso das denúncias e já acionou outros órgãos responsáveis. Além disso, o órgão esclareceu que a escola está realmente paralisada, mas não soube informar desde quando.

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