Conselho Nacional de Educação aprova mudanças no Enem para 2024
Decisão tem como objetivo adequar o exame ao novo plano curricular do ensino médio
SBT News
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou o parecer que define novas regras para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2024. As alterações englobam provas diferentes por áreas de conhecimento e a inclusão de questões discursivas, ao invés de apenas múltipla escolha.
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Segundo a entidade, a decisão tem como objetivo adequar o exame ao novo plano do ensino médio, que deve estar totalmente implantado em três anos. A nova legislação engloba uma maior flexibilização da base curricular, em que o aluno consegue ter acesso à conteúdos básicos, articulado na Base Nacional Comum Curricular, e em áreas de conhecimento preferencial.
Para adaptar o novo meio de ensino, o Enem seguirá na mesma disposição por áreas. A partir de 2024, o estudante poderá encontrar as provas distribuídas da seguinte maneira:
- 1ª etapa: redação + perguntas de formação geral (sem divisão por disciplina, cobrando habilidades mais interpretativas do que conteudistas);
- 2ª etapa: perguntas focadas na área de conhecimento escolhida pelo aluno (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática), também sem enfoque conteudista.
Em nota, o CNE afirma que "a complexidade do Enem reside na segunda etapa do exame que avalia a parte diversificada e os itinerários formativos, uma vez que é nela que o novo ensino médio enfrentará o seu maior desafio em relação aos objetivos de flexibilidade e diversificação do sistema".
Com as mudanças aprovadas, cabe agora ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) construir as matrizes de referência das duas etapas da prova. A ideia é que a primeira etapa seja composta por 80 ou 90 questões e que metade dos itens sejam discursivos.
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Com as notas do Enem, os estudantes podem buscar ingresso em instituições federais de ensino superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O exame também é requisito para acessar o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).