Morre o fotógrafo Orlando Brito aos 72 anos
Profissional renomado, ele registrou diversos momentos históricos do país e do mundo
Considerado um dos mais brilhantes jornalistas do país, morreu nesta sexta-feira (11.mar), em Brasília, o fotógrafo Orlando Brito. Ele tinha 72 anos e estava com graves problemas de saúde. No ínicio no mês chegou a passar por uma cirugia no intestino. Desde o começo da ditadura militar, em 1964, quando iniciou sua carreira, retrata personalidades políticas e acompanha importantes momentos da história brasileira e mundial.
Brito viajou por mais de 60 países. Em coberturas presidenciais - foram quase 20 presidentes da República. Cobriu ainda Copas do Mundo e Olimpíadas. Publicou seis livros. Orlando Brito também recebeu vários prêmios, entre eles o Press Photo do Museu Van Gogh, de Amsterdã. Foi onze vezes vencedor do Prêmio Abril de Fotografia. Tem várias exposições individuais e obras no acervo de diversos museus do mundo.
Para ajudar no tratamento médico, a filha dele, Carolina, organizou uma 'vaquinha virtual'. Na ocasião, ela declarou: "É maravilhoso saber que meu pai construiu, ao longo da sua brilhante jornada, uma legião de amigos que têm por ele tamanho apreço, respeito e carinho. Agradeço a generosidade de cada um tanto pelas destinações financeiras quanto pelas orações. Gratidão por tantas manifestações, palavras, preces, ajudas e energias a nós, sobretudo a ele, enviadas", disse Carolina.
Em redações, Orlando Brito passou pelo jornal "O Globo" (de 1968 a 1982). Seguiu para a revista "Veja", onde ficou por 16 anos e chegou a editor de fotografia. No "Jornal do Brasil", também foi editor de fotografia, nos anos 1980.
"Corpo e Alma" é seu mais recente livro, lançado em dezembro de 2006. Além dele, o fotógrafo Orlando Brito lançou quatro outros livros de fotografia, intitulados "Perfil do Poder" (1982), "Senhoras e Senhores" (1992), "Poder, Glória e Solidão" (2002) e "Iluminada Capital" (2003) e está presente em mais de 30 outros, coletivos.
Nos últimos anos, dirigia a própria agência de notícias, a "ObritoNews" e trabalhava em três outros livros, além de ministrar cursos e palestras em faculdades de jornalismo e em empresas.