Indep terá que deixar de usar nome do Ministério da Justiça
Decisão vem após o SBT Brasil denunciar a atuação de integrantes do instituto em ação que deixou dois mortos em São Paulo
SBT Brasil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública deu 48 horas para que o Indep, Instituto Nacional de Defesa e Promoção à Pessoa, deixe de usar o nome da pasta em suas operações.
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A organização terá que recolher todo o material usado por seus integrantes, como diplomas, carteirinha e distintivos com o logo do Ministério, os quais sugeriam que o instituto se tratava de um órgão oficial. O site oficial e as redes sociais do Indep já foram desativados.
A decisão vem uma semana após o SBT Brasil denunciar, com exclusividade, o envolvimento de três agentes do Indep em uma operação da Polícia Civil que deixou duas pessoas mortas e outros dois feridos, em novembro do ano passado, na Zona Leste de São Paulo.
Durante a ação, agentes do órgão a bordo de uma viatura atiraram contra o veículo do mecânico Guilherme Tibério Lima, de 25 anos, que morreu com tiros nas costas. Um catador de latinhas, que passava pelo local, também foi atingido por um tiro na cabeça e morreu na hora. O chefe da operação, o investigador Marcelo Roberto Ruggieri, retirou seus agentes do local logo depois das mortes. Os funcionários do instituto também são suspeitos de integrar uma espécie de milícia que atua em regiões da capital paulista.
Apesar de determinar a remoção de qualquer indício da suposta ligação com a pasta, o Ministério da Justiça não explicou porque as viaturas do Indep possuem placas brancas iguais às usadas em carros oficiais da Polícia Federal e do Exército.
A ação está sendo investigada pela Corregedoria da Polícia Civil. Até o momento, ninguém foi preso. A defesa do Instituto Nacional de Defesa e Promoção à Pessoa informou que já atendeu a determinação do Ministério da Justiça e alegou que não mantém quaquer convênio com a pasta. A organização afirmou ainda que os agentes envolvidos no caso foram suspensos.
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