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Desmatamento na Amazônia cresceu 56,6% em três anos, diz Ipam

Unidades de conservação florestal já acumulam 3.595 km² de área destruída

Desmatamento na Amazônia cresceu 56,6% em três anos, diz Ipam
Entre os Estados que mais desmataram durante o período, Pará está em primeiro lugar, seguido pelo Amazonas | Reprodução/ Greenpeace
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O desmatamento na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar. De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), entre o período de agosto de 2018 e julho de 2021, o nível de destruição florestal cresceu 56,6% quando comparado com o mesmo período em anos anteriores.

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Mais da metade (51%) do desmatamento dos últimos três anos ocorreu em terras públicas, enquanto 83% aconteceu em áreas de domínio federal. Parte da devastação se concentra no entorno de duas rodovias federais que atravessam o norte de Mato Grosso e o oeste do Pará. Nas chamadas Florestas Públicas Não Destinadas, a destruição teve alta de 85%, passando de 1.743 km² derrubados anualmente para mais de 3.228 km².

Em Terras Indígenas (TIs), houve um aumento de 153%, em média, no desmatamento, o que equivale a uma área de 1.255 km². No mesmo período em anos anteriores, a área era de 496 km². Já o desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) teve aumento proporcional de 63,7%, com 3.595 km² derrubados no último triênio contra 2.195 km² nos três anos anteriores.

Uma das regiões mais afetadas citadas no estudo é a divisa Amacro, entre Amazonas, Acre e Rondônia, caracterizada como a nova fronteira do desmatamento no bioma. O Amazonas, inclusive, passou da terceira para a segunda posição como Estado que mais desmatou a Amazônia. Está atrás apenas do Pará, Estado onde se encontram as áreas mais críticas de perda de floresta, que se mantém em primeiro lugar desde 2017.

"Estamos subindo degraus rápido demais quanto à destruição da Amazônia e não podemos nos acostumar com isso. Quando olhamos para os números dos últimos três anos, fica claro o retrocesso daquilo que o Brasil foi um dia. Seguimos um caminho totalmente oposto às atitudes que o planeta precisa, com urgência, neste momento", diz Ane Alencar, diretora de Ciência no Ipam e principal autora do estudo. "Sabemos como fazer isso, já derrubamos o desmatamento antes", ressalta.

+ Desmatamento na Amazônia bate recorde em janeiro, diz Inpe

Segundo ela, entre as diretrizes recomendadas, além do combate à grilagem e às invasões de terras, estão o aumento de segurança territorial em áreas protegidas, o investimento em uma agenda de incentivo às boas práticas agropecuárias, a valorização da bioeconomia e a efetivação de linhas de financiamento, fomento e assistência técnica à agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais. Planos estaduais de prevenção e controle do desmatamento também devem ser implementados, bem como novos avanços na política ambiental.

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