Pandemia muda festa de Iemanjá pelo segundo ano consecutivo
Homenagens foram alteradas por causa do número de casos de covid
Neste 2 de fevereiro é celebrado o dia de Iemanjá. Na data, devotos costumam reunir-se para celebrar, porém, pelo segundo ano consecutivo, as tradicionais festas foram suspensas após o aumento desenfreado de diagnósticos positivos para covid-19 em todo o Brasil.
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A entidade é considerada a padroeira dos pescadores. No Candomblé e na Umbanda, a filha de Olokun é a rainha dos mares. Ainda vista como "Afrodite brasileira", Iemanjá é procurada por muitos apaixonados em busca de soluções para conflitos amorosos.
Em Salvador, capital da Bahia, ocorre a maior festa popular dedicada à entidade, onde centenas de milhares de pessoas vestem-se de azul e branco e saem pelas ruas com destino à Praia do Rio Vermelho. No local, presentes são colocados em barcos para serem levados à água.
Para frear a disseminação do coronavírus, o acesso à área foi fechada apenas para integrantes do terreiro. Apesar da restrição, o público pode saudar a "Rainha das Águas" em festas particulares. Conforme o decreto estadual festas particulares estão liberadas com até 1.500 pessoas.
Festa
A celebração começou com um grupo de pescadores em 1923. A festividade é considerada a principal manifestação cultural da Bahia ligada exclusivamente às religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. As outras, como a lavagem do Bonfim, são marcadas pelo sincretismo religioso com o catolicismo. Além da parte religiosa, a solenidade é marcada pela apresentação de bandas, grupos folclóricos e festas particulares.