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Brasil

Amazônia fecha 2021 com o pior nível de desmatamento da última década

Pará, Amazonas e Mato Grosso lideraram o ranking de devastação florestal

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Recorde negativo anual acompanhou consequências como a alteração do regime de chuvas e a perda da biodiversidade | Divulgação/Greenpeace
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A floresta amazônica registrou, em 2021, o pior nível de desmatamento dos últimos dez anos. Segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de janeiro a dezembro foram destruídos 10.362 km² de mata nativa, o que equivale a metade do território de Sergipe.

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Entre as áreas observadas, 4.915 km² foram devastados dentro de territórios federais, correspondendo a 47% de todo o desmatamento identificado na Amazônia no ano passado, enquanto 813 km² foram destruídos em florestas públicas estaduais (8%). Já nas unidades de conservação estaduais, o número acumulado de desmatamento chegou a 690 km² (24%).

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, apenas o Amapá não apresentou aumento do desmatamento em relação a 2020. Além de superarem a devastação registrada no ano anterior, Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins também tiveram as maiores áreas de floresta destruídas da última década. 

Líder histórico, o Pará manteve a primeira colocação no ranking dos que mais desmatam, com 4.037 km² devastados, cerca de 39% do registrado em toda a Amazônia. O segundo Estado que mais registrou devastação foi o Amazonas, com área desmatada de 2.071 km², seguido por Mato Grosso (1.504 km²), Rondônia (1.290 km²) e Acre (889 km²).

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De acordo com o levantamento, apesar do mês de dezembro ter apresentado uma redução de 49% no nível de desmatamento, passando de 276 km² em 2020 para 140 km² em 2021, o recorde negativo anual acompanhou consequências, como a alteração do regime de chuvas, a perda da biodiversidade, a ameaça à sobrevivência de povos e comunidades tradicionais e a intensificação do aquecimento global.

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