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Brasil

Influenza em alta: São Paulo reserva leitos para tratamento de gripe

Hospital municipal destinou espaço para 258 pessoas tratarem sintomas gripais

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aumenta número de casos de influenza na capital paulista
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Diante do aumento da incidência de gripe, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo destinou mais da metade dos leitos do Hospital Municipal da Brasilândia, na Zona Norte da capital, para tratamento dos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves. Segundo a pasta, o hospital conta com 406 leitos, dos quais 258 estão sendo usados apenas para casos de pacientes com a síndrome gripal. O restante continua reservado para tratamento de Covid-19. O objetivo da mudança foi concentrar os pacientes em uma unidade para acompanhamento. Além disso, será realizado um painel viral das pessoas internadas, que irá contribuir para a identificação da cepa de influenza, entre outros vírus. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, já foram identificados diferentes agentes infecciosos.

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Grandes hospitais de São Paulo têm registrado uma disparada de casos de influenza - tanto do tipo A como B. O Hospital Santa Catarina sentiu um aumento repentino nos casos de pacientes com gripe desde o início de dezembro. Na última quinzena (entre 6 e 20.dez), foram registradios 356 exames positivos para Influenza, o que representa um aumento de 99,98% na comparação com o período anterior (21.nov 5.dez). Na Rede D'Or a situação é similar: houve um aumento de 50% nos atendimentos no pronto atendimento por conta, principalmente, dos casos de síndrome gripal. E o Hospital Albert Einstein viu o número de casos de influenza A saltar de 63 na segunda quinzena de novembro para 1.472 na primeira quinzena de dezembro.

Para dar conta da demanda alta, o Hospital Alemão Oswaldo incluiu a testagem rápida para Influenza A (H3N2), B e H1N1 no portfólio de exames do sistema drive thru, localizado na Unidade Paulista, no bairro da Bela Vista. O teste passou a ser feito nesta 3ª feira (21 dez). O hospital computou 644 atendimentos de pacientes com influenza A no pronto atendimento no acumulado de dezembro.

Por que tantos casos de influenza?

De acordo com o infectologista e consultor técnico da Sociedade Brasileira de infectologia, Hélio Bacha, vários fatores levaram para esse aumento repentino em dezembro, mês em que geralmente não registra esse fenômeno. "Temos tido uma epidemia de Influenza, neste começo de verão, em função de uma população não inteiramente imunizada contra a gripe. Está circulando uma variante, do sorotipo A, que é a H3N2, que tem se apresentado de uma forma bastante grande e em número importante de casos muito sintomáticos, com febre persistente de 38,5ºC mesmo em população adulta. E isso tem convidido com a chegada da variante ômicron", explica.

O médico ainda alerta sobre a importância da população se vacinar contra influenza. "Antes de mais nada, é preciso estar vacinado. Outro recurso fundamental é evitar aglomeração. A transmissão da gripe se dá da mesma forma que a transmissão do Covid-19. Ficamos um ano e meio sem gripe porque estávamos nos protegendo contra a Covid-19. Na medida em que as pessoas retornaram a bares e restaurantes e aboliram o uso de máscara, essa condição da barreira de transmissão fica prejudicada", esclarece o infectologista.

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