Rebelião em live: detentos fazem vídeo com pedidos de melhoria em presídio
De dentro da cela, presos reclamam de comida de má qualidade, superlotação e falta de atendimento médico
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Um grupo de presidiários fez uma live para reivindicar melhorias no presídio de Sarandi, no Paraná. Em transmissão divulgada nas redes sociais dos próprios detentos, eles cobraram por mudanças na alimentação, criticaram a superlotação das celas e disseram que estão sem receber atendimento médico.
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"Não está tendo médico, não está tendo visita. A sacola [de envios de familiares] está sendo roubada. Não está nada certo a situação. Está desumano, e estão agredindo a gente", disse um dos presidiários na 5ª feira (16.dez).
Outro detento disse que policiais do local também fizeram ações de tortura: "O chefe de segurança vem diariamente oprimindo, torturando nós e nossos familiares. A situação está precária sobre a saúde. Nós sabemos que nós erramos, e estamos aqui para pagar os nossos atos, mas a forma que estamos pagando é desumana".
Na transmissão, os que cumprem pena dizem que o local está abarrotado. Segundo os detentos, mais de 60 pessoas ocupam quatro alojamentos do presídio. "Não queremos luxo, queremos pagar a pena dignamente", declarou outro detento.
Em nota, o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná divulgou que deu início a uma revista geral no presídio para localizar o aparelho celular utilizado pelos detentos. Também apontou que a denúncia pode ter sido motivada por descontentamento dos presidiários após uma tentativa de fuga frustrada.
O Departamento também rebateu às críticas, afirmando que as marmitas oferecidas aos detentos passam por inspeção de qualidade e que o atendimento médico tem sido feito na rede pública do município, em Unidades Básicas de Saúde ou em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).
"Sobre as reclamações relatadas em vídeo, esclarecemos que as visitas presenciais que haviam sido suspensas por conta da pandemia, já foram retomadas e ocorrem de forma agendada, com os devidos cuidados de distanciamento social. Ainda há possibilidade de realizar visitas virtuais, por meio de videoconferência. Também em virtude da pandemia, a entrega de sacolas de forma presencial permanece suspensa em todo o Estado. No entanto, os familiares podem encaminhar os itens permitidos pelos Correios, via SEDEX", diz trecho do comunicado enviado ao SBT News.