Aras diz que apuração pode "avançar" com recebimento do relatório da CPI
Comissão de inquérito indiciou o presidente Jair Bolsonaro, que tem foro privilegiado, por 10 crimes
O procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu, nesta 4ª feira (27.out), o relatório final da CPI da Covid. O documento foi aprovado na 3ª (26.out) pelos titulares da comissão por 7 votos a 4.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O parecer pede que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja investigado por dez crimes, apontando que ele seria um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia do coronavírus.
Entre as infrações apontadas, estão crimes contra a Humanidade e de responsabilidade. Além disso, a lista prevê delitos com pena de prisão ou pagamento de multa. No caso dos crimes de responsabilidade, a consequência pode ser a abertira de processo de impeachment do presidente.
"Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento, e, agora, com essas novas informações, poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa de foro nos tribunais superiores", disse Aras, em uma publicação veiculada pelo Twitter da Procuradoria-Geral da República.
"Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento e agora, com essas novas informações poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores", disse Aras.
? MP Federal (@MPF_PGR) October 27, 2021
"Primeiro e sobretudo por dever de cautela. Nosso trabalho não terminou ontem com a aprovação [do relatório]. De nada serviria se tivéssemos passado esses seis meses e se esse relatório não tivesse consequências. Então esse dever de cautela não é do procurador-geral da República, do Ministério Público Federal. É nosso. É tarefa nossa", afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
