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Como funcionam as gravações com armas em estúdios de filmes?

Diretora de arte e técnico em efeitos especiais contam como é o procedimento para gravar armas no set

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O incidente com o ator Alec Baldwin na última 5ª feira (21.out) gerou uma série de questões sobre o uso de armas em estúdios de filmagem. O ator efetuou um disparo acidental que acabou matando a diretora de fotografia Halyna Hutchins, 42, e ferindo o diretor Joel Souza, 48, durante as gravações do filme Rust, no Novo México, Estados Unidos. Mas quais são os procedimentos que devem ser feitos pelos estúdios, produção e atores para evitar mortes e acidentes no set?

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O SBT News entrevistou especialistas para falar sobre o uso de armamento no cinema. A produtora e diretora de arte Daniela Morato explica que o departamento de arte intermedia o aluguel e a contratação de armas. "É armamento de uma personagem que é o criminoso do morro ou é uma arma de um filme dos anos 70? Existem essas particularidades e por isso a arte está envolvida no processo", diz Daniela, que já trabalhou em novelas e atualmente está envolvida na produção de filmes.  

Além disso, ela explica que para deixar a cena o mais real possível, o tambor, onde ficam os projéteis, deve ser preenchido com balas de festim. "Se a cena for frontal e tiver vazio, o tambor entrega que não há nenhuma bala", conta. A diretora de arte afirma também que sempre há o acompanhamento de um técnico no set e ambulância e brigadistas são parte do protocolo a ser cumprido. 

O técnico de efeitos especiais Zé Ricardo diz que o acompanhamento das armas no set segue três diretrizes de segurança: um técnico de efeitos especiais para cada personagem (para cada arma); é preciso recolher cada arma e verificar a cada take rodado; é necessário desconfiar e ter atenção total a cada movimento suspeito ou fora da ação da cena (precaução); e municiar a arma com os disparos necessários para cada take

O técnico ainda fala que todas as informações técnicas e práticas de medidas de segurança devem ser fornecida aos atores e produção. "Tal como nunca deixar o dedo no gatilho, nunca apontar o armamento para ninguém dentro do set de filmagem e sempre deixar a arma apontada para baixo", ressalta.

Zé Ricardo trabalha como técnico de efeitos especiais montando bombas para explosões cenográficas, tiros com sangue e todo tipo de efeito necessário. Quando a cena traz algum risco para atores ou produção, a equipe coloca um dublê em cena. "Nunca tivemos nenhum incidente dentro ou fora dos estúdios de filmagem."

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