Debate sobre 'passaporte da vacina' no RS tem agressões e suástica
Câmara Municipal de Porto Alegre analisava o veto do prefeito Sebastião Melo à proposta
Israel Fritsch
Porto Alegre -- Vereadores de Porto Alegre, pessoas contrárias e a favor do passaporte vacinal trocaram tapas, socos e mordidas na sessão da Câmara desta 4ª feira (20.out), durante debate sobre o veto do prefeito Sebastião Melo (MDB) à obrigatoriedade de apresentação do comprovante de imunização contra a covid-19.
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A confusão começou quando o vereador Idenir Cechin (MDB), presidente em exercício, pediu que um manifestante contrário ao passaporte -- que segurava um cartaz com referências nazistas -- deixasse o plenário. O cartaz comparava a obrigatoriedade de vacinação ao campo de concentração nazista de Auschwitz. Vereadores de esquerda também pressionaram o grupo a se retirar. Durante a confusão, um vereador foi mordido no dedo.
A sessão foi interrompida. Mais tarde, o veto do prefeito foi votado e mantido, mas não tem função na prática, já que a apresentação do comprovante para uma série de eventos é obrigatória em todo o Estado desde 2ª feira (18.out).
Em nota, a Câmara disse que não aceitará apologia à suástica. "Aqueles que buscam impor suas vontades pela força ou pelo terror nunca terão guarida nesta casa. Pelo contrário, tais indivíduos serão submetidos ao rigor da lei e responsabilizados por seus atos", disse a nota.
Ninguém foi preso.