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Brasil

Políticos rebatem fala de Damares sobre "vacina ou absorvente"

Ministra defendeu veto de Bolsonaro à proposta de distribuição gratuita de absorventes

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Damares Alves
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Políticos de oposição e pesquisadores da área de direitos humanos criticaram as declarações da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Ao defender o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à proposta de distribuição gratuita de absorventes a meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade ou privadas de liberdade, Damares disse que é preciso ter "prioridade".

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"Hoje a gente tem que decidir: a prioridade é a vacina ou o absorvente?", questionou Damares, acrescentando que "a gente nunca viu nenhum governo se preocupar com isso": "E agora o Bolsonaro é o carrasco porque ele não vai distribuir esse ano".

Entre os que comentaram as declarações de Damares estão as deputadas federais Erika Kokay (PT-DF) e Tabata Amaral (PSB-SP). A primeira disse que a fala da ministra "é de uma crueldade sem tamanho". "O custo para distribuir absorventes para meninas pobres de escola pública e mulheres em vulnerabilidade social é infinitamente menor do que a propina de 1 dólas por dose de vacina", acrescentou Erika Kokay, referindo-se às denúncias de cobrança de propina na compra de imunizantes investigadas pela CPI da Pandemia no Senado.

Já Tabata afirmou que "a prioridade é a vacina, o absorvente, a internet dos alunos, a pesquisa, o auxílio, o combate ao desmatamento". "Não é prioridade: bilhões para comprar o apoio de deputados, Fundão, submarinos nucleares, bilhões para filhas solteiras de militares. É simples", emendou.

Ex-deputada e candidata à vice-Presidência da República em 2018, Manuela D'Ávila (PCdoB) disse que "os gastos do presidente com remédio ineficaz contra a covid-19 e suas motociatas não incomodam a ministra". A pesquisadora e professora licenciada da Universidade de Brasília (UnB) Debora Diniz, por sua vez, declarou que "a lista de prioridades é grande. No topo dela, está Bolsonaro fora do poder para que nunca mais uma ministra das mulheres diga tamanha estupidez".

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