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Brasil

Exploração ilegal de madeira aumenta 20% em um ano no Pará

A quantidade retirada sem autorização pelas madeireiras equivale a uma área do tamanho da metade de Belém

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A exploração de madeira ilegal no Pará cresceu quase 20% em um ano, entre agosto de 2019 e julho de 2020. Ao todo, foram 27.595 hectares.

A quantidade retirada sem autorização pelas madeireiras equivale a uma área do tamanho da metade de Belém ou mais de 27 mil campos de futebol.

"Os madeireiros entram na floresta, retiram essas árvores, existe ali um momento de capitalização digamos assim, o madeireiro se capitaliza, consegue um recurso inicial pra que posteriormente faça a retirada de toda a vegetação para, enfim, plantar pasto ou outro tipo de uso do solo", diz Dalton Cardoso, pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).

A pesquisa mostra que a maior parte da área explorada sem autorização (64%) foi em imóveis rurais já cadastrados, mas não para a retirada de madeira.

Ainda de acordo com o levantamento, o excesso de nuvens na região durante a análise pode ter escondido atividade irregular em algumas áreas.

Na terra indígena Baú, foi possível identificar a retirada de 158 hectares de madeira sem autorização, área equivalente a 158 campos de futebol. O líder Kayapó pede a retirada dos invasores.

"Muitos madeireiros ilegais invadem o território sem autorização nenhuma, e se for autorizado é porque esse próprio madeireiro faz falsas promessas para algumas lideranças indígenas", diz.

O Ministério do Meio Ambiente informou que tem realizado operações de combate aos crimes ambientais e destacou a queda no desmatamento no mês de agosto em 32,45%. 

Veja reportagem do SBT Brasil:

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