Militância do PT cobra por protesto de rua, mas cúpula esfria movimento
Petistas se reúnem neste sábado (11.set) para definir ida a ato de 12.set. Lula não quer impeachment
O Partido dos Trabalhadores tem um encontro marcado para este sábado (11.set). Às 10h, em reunião virtual, a cúpula da legenda define a participação em atos de rua, como o organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) neste domingo (12.set). Há um impasse. Enquanto uma parcela consistente da militância defende ações mais expressivas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere a discrição.
A estratégia do petista é deixar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se desgastar a ponto de perder apoios entre os atuais defensores, mas mesmo assim chegar até o final do mandato. O receio é que uma eventual troca de comando com o vice Hamilton Mourão fortaleça o general, a partir da possibilidade de um acordo mais amplo com setores da centro-direita hoje desgostosos com o atual presidente.
O próximo protesto organizado pelo próprio PT com as centrais só está marcado para outubro, o que tem irritado parte da militância, que acredita nas manifestações como contraponto a Bolsonaro. Um outro receio dessa turma é que o protesto deste domingo puxado pelo MBL leve um número expressivo de pessoas às ruas, o que deixaria o PT distante de movimentos contra Bolsonaro, antecipando a divisão dos opositores.