Primeiro caso de mucormicose após covid-19 é confirmado em Pernambuco
O fungo, conhecido por "fungo negro" apresenta alta letalidade pós-covid; casos foram divulgados na Índia
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O primeiro caso de mucormicose em paciente diagnosticado com covid-19 foi confirmado neste domingo (6.jun) em Pernambuco, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do estado. A mulher de 59 anos está internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Recife.
Portadora de comorbidades como hipertensão, asma, diabetes e obesidade, a paciente apresenta quadro estável, segundo a secretaria.
A mucormicose é uma doença rara que, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), apresenta taxa de mortalidade geral de 54%. Ela não é uma doença contagiosa e a contaminação se dá por meio da inalação de esporos.
O grupo de fungos causadores da mucormicose está presente em todo o meio ambiente, principalmente no solo, em matéria orgânica. No entanto, os esporos microscópicos não são prejudiciais para a maioria das pessoas, mas pessoas com o sistema imunológico comprometido podem desenvolver a infecção.
O tratamento é realizado por meio de medicamentos antimicóticos, no entanto, a maioria dos pacientes chega aos hospitais em estágio avançado e é preciso a realização de cirurgia para retirada do fungo.
O Brasil teve três casos suspeitos de mucormicose relacionados à covid-19, um em Santa Catarina, um no Amazonas e um em Mato Grosso do Sul. Na Índia, passa de 9 mil o número de casos de mucormicose em pacientes que tiveram coronavírus.
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