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Brasil

Orçamento reduzido e bloqueado pode fechar portas da UFRJ

Queda de 20% afeta pesquisas de vacinas, leitos em hospitais e infraestrutura da instituição

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Fachada da Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Com o bloqueio de R$ 41,1 milhões do orçamento discricionário por parte do governo federal, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pode ter as atividades paralisadas.

A verba é destinada a investimentos na infraestrutura física, segurança, energia elétrica, limpeza e água. Sem o dinheiro, o funcionamento do centro de estudos torna-se insustentável, de acordo com a instituição. Segundo Denise Pires de Carvalho, reitora da universidade, o orçamento foi reduzido em cerca de 20%, em relação a 2020. 

A UFRJ afirma que sofre cortes sucessivos de 2012 até este ano. Naquele ano, foram R$ 773 milhões para o orçamento discricionário, chegando aos atuais R$ 299 milhões. Destes, já foram utilizados R$ 65,2 milhões.

As aulas na instituição permanecem remotas, motivadas pela pandemia de Covid-19. No entanto, os hospitais e laboratórios geridos pela UFRJ não pararam as atividades. Nos centros médicos há leitos específicos para o tratamento de pacientes com coronavírus.

Pesquisas de duas vacinas contra o novo vírus estão em fase de testes pré-clínicos e podem ser afetadas pelo corte no orçamento. A instituição também faz testagem para identificar a doença nos pacientes.
Diante do cenário calamitoso, a reitora da universidade afirmou que ter os valores disponíveis em 2020 recompostos seria suficiente para evitar a suspensão das atividades.

"Estamos com um orçamento que corresponde a três meses do nosso funcionamento e estamos esperando aprovação do restante do valor. Nós poderemos honrar nossos contratos até julho e dependeremos da capacidade financeira de nossos fornecedores se continuarão funcionando ou não", afirmou o pró-reitor Eduardo Raupp.

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