Justiça condena Luís Felipe Manvailer pela morte de Tatiane Spitzner
Biólogo foi condenado a 31 anos de prisão pelo assassinato da esposa; crime aconteceu em 2018
Noeli Almeida
O professor e biólogo Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 31 dias, pelo homicídio da esposa Tatiane Spitzner, durante julgamento do Tribunal do Júri, encerrado no início da noite desta 2ª feira (10.mai), após sete dias. Os jurados reconheceram as qualificadoras de feminicídio, meio cruel, motivo fútil e fraude processual. A decisão ainda é passível de recurso.
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O crime aconteceu em julho de 2018, no município de Guarapuava, região central do Paraná. Câmeras de segurança do edifício em que o casal morava registraram Manvailer agredindo a advogada dentro do carro, na garagem do prédio e no elevador. Segundo a acusação, o biólogo atirou a esposa pela sacada do apartamento, localizado no 4º andar, após a discussão.
Em depoimento, realizado no último domingo (9.mai), o biólogo pediu perdão pelas agressões contra a esposa e afirmou que não a matou. Ele também alegou que o local da morte foi alterado durante a perícia com a permissão do síndico, para que a família entrasse e retirasse os pertences de Tatiane. A versão foi sustentada pela defesa do réu.
No último sábado (8.mai), cinco testemunhas prestaram esclarecimentos às autoridades, entre elas, dois vizinhos do casal. Durante o depoimento, eles afirmaram que ouviram os gritos da advogada durante a queda e, momentos depois, o barulho do corpo da vítima ao cair na calçada.
A decisão, do juiz Adriano Scussiato Eyng, não permite que Manvailer tenha o direito de recorrer em liberdade. O magistrado também determinou o pagamento de R$ 100 mil à família de Tatiane Spitzner por danos morais.
Relembre o caso
O biólogo responde pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. Tatiane foi encontrada morta no apartamento onde morava com o marido, em julho de 2018. Câmeras de segurança do prédio onde o casal morava registraram Manvailler agredindo a companheira dentro do carro, na garagem do prédio e no elevador. Minutos depois, ela cai do quarto andar. Luiz Felipe, recolhe o corpo da advogada e leva novamente até o apartamento. Após limpar as manchas de sangue dos corredores e do elevador, Manvailler fugiu.
Ele foi localizado horas depois, ao sofrer um acidente com o carro que dirigia na BR- 277 no município de São Miguel do Iguaçu, ele seguia em direção ao Paraguai. A expectativa é de que o julgamento possa durar alguns dias.
Assista à reportagem completa do SBT Brasil: