79% das mulheres que atuam no meio musical já sofreram discriminação
Pesquisa da UBC (União Brasileira de Compositores), entrevistou mais de 250 profissionais da área. Estudo foi divulgado em março deste ano
Segundo uma pesquisa da UBC (União Brasileira de Compositores) que foi divulgada em março deste ano, junto da edição 2021 do relatório Por Elas Que Fazem a Música, 79% das mulheres que atuam no meio musical já sofreram discriminação. O estudo ouviu mais de 250 profissionais da área. Foi revelado ainda que, 53% das trabalhadoras entrevistadas jamais receberam valores de direitos autorais.
Essa pesquisa ouviu mulheres que atuam em diversos setores da música, como: compositoras, intérpretes, musicistas, produtoras fonográficas e técnicas.
A enquete foi respondida por iniciativa própria das profissionais, sem que tenham sido aplicados critérios científicos para a seleção das entrevistadas, portanto os resultados devem ser observados como um retrato dessa situação específica. Contudo, mesmo que de forma empírica, esse estudo pode perfeitamente refletir, com certa precisão, o conjunto de mulheres no mercado da música no Brasil.
Os dados revelam que dessas profissionais, se divididas por regiões: 63% são da Região Sudeste; 17% do Nordeste; 12% do Sul; 4% do Centro-Oeste; e 2% da Região Norte.
Desse grupo feminino, sabe-se também que mais de 50% delas se identificam como cisgênero heterossexuais e 60% se autodeclaram brancas.
O relatório Por Elas Que Fazem a Música é um levantamento da participação da mulher na música, utilizando dados da UBC, a fim de promover o debate sobre o equilíbrio de gênero no setor.