Publicidade
Brasil

Corregedoria da PM de São Paulo apura assédio contra soldado

O crime teria sido cometido por mais de dois anos, e outras mulheres podem ter sido vítimas 

Imagem da noticia Corregedoria da PM de São Paulo apura assédio contra soldado
Corregedoria da PM apura assédio contra soldado | Reprodução Google Street View
• Atualizado em
Publicidade

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga um caso de assédio envolvendo uma soldado e o tenente-coronel do 50º Batalhão da Polícia Militar, que fica na zona sul da capital paulista. A policial Jessica Paulo do Nascimento denunciou o caso em 6 de abril deste ano, mas as intimidações começaram em 2018, assim que o superior hierárquico assumiu o batalhão. 

Pouco tempo depois, Jéssica, de 28 anos, pediu afastamento do trabalho por seis meses para se ver livre dos assédios, mas não adiantou. Ela, então, solicitou outros dois anos de licença e, ao término do período, pediu transferência para o batalhão da cidade de Praia Grande. Porém, para que a mudança se concretizasse, era necessária a autorização do antigo chefe. Em troca deste e de outros favores que poderiam ser concedidos dentro da corporação, o tenente-coronel pedia que os dois tivessem relações sexuais.

Tenente-coronel comete assédio e faz ameaça | Reprodução WhatsApp

Os dois então retomaram os contatos via Whatsapp para resolver a troca, e o tenente-coronel marcou uma data para que fossem até o Departamento Pessoal da PM. O problema é que o dia proposto era feriado, e o "DP", como é conhecido, estaria fechado, segundo a vítima. Ela confrontou o policial, que relevou a sua real intenção: encontrá-la às 8h de 7 de abril em uma estação do metrô também na zona sul da capital paulista. A ideia era levar a soldado até um hotel da região.

Um dia antes, Jessica foi à corregedoria da PM denunciar os abusos sofridos. Lá, mostrou todos os prints das conversas e áudios. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado e corre sob segredo de justiça. Segundo o advogado da vítima, Sidnei Henrique, uma outra policial procurou Jéssica afirmando ter sofrido o mesmo tipo de crime.

Ao ser notificado, o agressor iniciou uma série de ameaças e disse não temer o Tribunal de Justiça Militar por ter participado da Corte por três meses. Em um dos áudios enviados pelo assediador para a vítima, obtido pelo SBT, o policial diz: "Não existe segredo entre dois, um tem que morrer. Fica de boa aí que vou te ajudar. Vai ser tenente farmacêutica. Se você der uma de rebelde, deixo você no cavalete". 

Em nota, a Polícia Militar informou que apura rigorosamente os fatos e que o oficial foi afastado do comando do batalhão. O Tribunal de Justiça Militar confirma que o tenente-coronel era do conselho do TJM, nas não chegou a participar de nenhum tipo de julgamento.

Você acompanha mais detalhes sobre o caso no SBT Brasil desta 4ª feira (28.abr).

O que diz a Polícia Militar

"A Polícia Militar esclarece que recebeu a denúncia e imediatamente instaurou um inquérito policial militar para apurar rigorosamente os fatos. O Oficial foi afastado do comando do Batalhão e a investigação é conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar. Todos os fatos são sigilosos, conforme prevê a legislação."

O que diz o Tribunal de Justiça Militar 

"Ele esteve no ano passado e nesse período não teve esse tipo de julgamento."

Assista à reportagem completa do SBT Brasil:

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade