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Brasil

PF intima Guilherme Boulos por mensagem sobre Bolsonaro

Corporação abriu inquérito com base na Lei de Segurança Nacional

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Guilherme Boulos, do PSOL (TV Brasil)
• Atualizado em
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O ex-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento em um inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), em decorrência de uma mensagem que publicou no Twitter sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A informação foi confirmada por Boulos, nesta 4ª feira (21 abr.), nas redes sociais. Se referindo ao inquérito, ele escreveu ainda que a "perseguição deste governo não tem limites". Na sequência, concluiu: "Não vão nos intimidar!".
 

Em nota, o político do PSOL e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que concorreu ao cargo de prefeito da capital paulista em chapa formada com a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), afirmou que foi surpreendido pela intimação e que a abertura do inquérito ocorreu a mando do Ministério da Justiça e Seguraça Pública por "supostamente ter cometido um 'crime contra a segurança nacional' ao fazer um comentário sobre Bolsonaro no Twitter há exatamente um ano".

Em 20 de abril de 2020, após o presidente dizer "Eu sou a Constituição" durante um evento, Boulos tuitou: "Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina...".
 
 

O político pontuou que prestará o depoimento na sede da PF em São Paulo, no dia 29 de abril. "Seguirei cada vez mais determinado na oposição a Bolsonaro, fazendo todas as críticas a ele e a seu governo de forma pública e direta", disse também no comunicado divulgado.



Veja a nota de Guilherme Boulos na íntegra:


NOTA PÚBLICA
Sobre a intimação recebida por Guilherme Boulos para depor em inquérito da PF com base na Lei de Segurança Nacional

Fui surpreendido com uma intimação para depor em um inquérito aberto pela Polícia Federal, a mando do Ministério da Justiça, por supostamente ter cometido um "crime contra a segurança nacional" ao fazer um comentário sobre Bolsonaro no Twitter há exatamente um ano.

Tornei-me, assim, mais um dos opositores ao bolsonarismo a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, este resquício da ditadura que vem servindo ao governo para perseguir e tentar calar aqueles que denunciam suas ações imorais e ilegais.

Chega a ser irônico que eu esteja sendo alvo de um inquérito policial por suspeita de ter ameçado o presidente ao ter feito um comentário rebatendo uma frase proferida por Bolsonaro ("Eu sou a Constituição!") a qual, ela sim, representa uma ameaça às instituições e à ordem constitucional no nosso país. 

Prestarei depoimento na próxima quinta-feira, dia 29, na sede da PF em São Paulo.

Seguirei cada vez mais determinado na oposição a Bolsonaro, fazendo todas as críticas a ele e a seu governo de forma pública e direta. Não vamos aceitar intimidações. Não vão nos calar.

Guilherme Boulos
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