Brasil tem mais de 5 mil crianças aptas para adoção; 30 mil em acolhimento
O Sudeste registra mais de 15 mil crianças abrigadas, a maior quantidade do país
Mais de 30 mil estão em situação de acolhimento institucional, que é quando se detecta alguma situação de risco, abandono, negligência, entre outras violações e ela é afastada de sua casa para ser adotada ou ser reintegrada ao lar após um tempo, considerando sua vontade.
Atualmente, 7.997 crianças na fase da primeira infância, de 0 a 6 anos, estão em situação de acolhimento, sendo pouco mais da metade do sexo masculino. Deste total, 1.875 pequenos com até 3 anos aguardam até seis meses pelo retorno à família de origem ou pela adoção. Já a maior parcela das crianças entre 3 e 6 anos permanece entre 12 e 24 meses.
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Os adolescentes compõem a maior parte dos abrigados. São 8.643 com mais de 15 anos, sendo mais da metade do sexo masculino. Pouco mais de 3 mil estão nesta situação há mais de três anos e não têm irmãos nas mesmas condições.
A conselheira do CNJ, Flavia Pessoa, destaca que o SNA permite uma visão geral do processo da criança e adolescente, desde sua entrada no sistema de proteção e acolhimento até a sua saída. O sistema também estabelece uma lista das pessoas aptas a adotar, ordenada cronologicamente, mediante prévia habilitação para ingresso no sistema.
O tempo que as crianças permanecem nos abrigos é um dos aspectos relevantes a ser observado. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse período não pode ultrapassar 18 meses. "Esse tempo tem que ser breve, pois, por mais que a instituição de acolhimento siga as normas, ela nunca vai substituir a família, sobretudo durante a fase da primeira infância, período em que a criança se desenvolve", analisa o desembargador.
Atualmente, a região Sudeste registra mais de 15 mil crianças abrigadas, a maior quantidade do país. Já a região Norte é a que tem o menor registro, com pouco mais de 1,9 mil crianças acolhidas.