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Brasil

Traficante André do Rap é considerado foragido

Apontado como chefe do PCC, ele foi libertado por decisão do STF, suspensa horas depois

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André do rap
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Considerado oficialmente foragido, o traficante André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, é alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo. Os investigadores que acompanham o caso acreditam que ele fugiu para o Paraguai.

André do Rap é apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e acusado de gerenciar o tráfico de cocaína para a Europa. O traficante foi libertado da Penitenciária de Presidente Venceslau na manhã do último sábado (10.out), após ter um habeas corpus concedido pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Horas depois, o presidente do Supremo, Luiz Fux, revogou a decisão e determinou a prisão do traficante.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) divulgou no Twitter que determinou uma força tarefa para prender André e repudiou a decisão de Mello.
 

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo deste domingo (11.out), Marco Aurélio Mello classificou a decisão de Fux como "circo" e "hipocrisia": "Sob minha ótica, ele adentrou o campo da hipocrisia jogando para turma, dando circo ao público, que quer vísceras. Pelo público, nós nem julgaríamos. Condenaríamos e estabeleceríamos pena de morte (...). Essa autofagia já ocorreu no passado e é péssimo, péssimo, péssimo. Não é ruim, é péssimo.".

O magistrado defendeu a decisão de conceder o habeas corpus ao traficante com base em um trecho do pacote anticrime. O artigo prevê a obrigatoriedade de o juiz renovar a prisão preventiva a cada 90 dias, o que não teria ocorrido no caso de André do Rap. "O juiz não renovou, o MP não cobrou, a polícia não representou para ele renovar, eu não respondo pelo ato alheio", declarou à Folha.


Lancha do traficante André do Rap foi apreendida em condomínio de luxo. Foto: Divulgação / Polícia Civil SP

O traficante André do Rap foi preso em setembro de 2019, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. André estava em um condomínio de luxo às margens da Rodovia Rio-Santos. Na casa foram apreendidos dois helicópteros e uma lancha avaliada em R$ 6 milhões. Na época, a operação contou com 23 policiais do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), considerada a elite da Polícia Civil de São Paulo.

O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, declarou que foi contra a inclusão do trecho na lei que fez alterações no Código Penal. "O artigo que foi invocado para soltura da liderança do PCC não estava no texto original do projeto de lei anticrime e eu, como ministro da Justiça e Segurança Pública, me opus à sua inserção por temer solturas automáticas de presos perigosos por mero decurso de tempo", afirmou.
 
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