Brasil
Agronegócio é principal causa de conflitos por território na Amazônia
Atlas mapeou conflitos no Brasil, Peru, Colômbia e Bolívia. Dos 1.308 combates, 995 aconteceram em território nacional
SBT Brasil
• Atualizado em
Publicidade
O agronegócio é a principal causa das disputas por território na Amazônia, segundo relatório divulgado pela Pastoral da Terra nesta quarta-feira (23).
A comissão, que organizou um atlas para mapear os conflitos territoriais no Brasil, Peru, Colômbia e Bolívia, relatou que foram mais de 1.308 combates de 2017 a 2018.
Das disputas, 995 aconteceram no Brasil, e no total,118 pessoas morreram, sendo os indígenas e pequenos agricultores os principais alvos. Entre as causas, estão o agronegócio (60%), a extração de madeira (13,10%).
Nos demais países, estão a extração de minérios, petróleo e gás natural no Peru (56%), a remoção de madeira na Bolívia (53,2%) e construções de obras de infraestruturas de transportes na Colômbia (88,23%).
No Brasil, quase 60% das terras disputadas não são legalizadas e dependem de titulação ou demarcação. No período analisado, o país também foi o que teve mais fatalidades, com 80 mortes.
Em maio de 2017, 10 trabalhadores rurais que ocupavam uma fazenda em Pau D'Arco, no sudeste do Pará, morreram durante o cumprimento de mandados de prisão após o assassinato do segurança da propriedade. A perícia confirmou a execução e os policiais envolvidos ainda não foram julgados.
O representante da Pastoral da Terra, Josep Iborra Plans, teme que o devido caso e a violência nas terras caiam no esquecimento, uma vez que os autores não são identificados e muitas vezes são "casos de milícias armadas com atuação de forças públicas".
A comissão, que organizou um atlas para mapear os conflitos territoriais no Brasil, Peru, Colômbia e Bolívia, relatou que foram mais de 1.308 combates de 2017 a 2018.
Das disputas, 995 aconteceram no Brasil, e no total,118 pessoas morreram, sendo os indígenas e pequenos agricultores os principais alvos. Entre as causas, estão o agronegócio (60%), a extração de madeira (13,10%).
Nos demais países, estão a extração de minérios, petróleo e gás natural no Peru (56%), a remoção de madeira na Bolívia (53,2%) e construções de obras de infraestruturas de transportes na Colômbia (88,23%).
No Brasil, quase 60% das terras disputadas não são legalizadas e dependem de titulação ou demarcação. No período analisado, o país também foi o que teve mais fatalidades, com 80 mortes.
Em maio de 2017, 10 trabalhadores rurais que ocupavam uma fazenda em Pau D'Arco, no sudeste do Pará, morreram durante o cumprimento de mandados de prisão após o assassinato do segurança da propriedade. A perícia confirmou a execução e os policiais envolvidos ainda não foram julgados.
O representante da Pastoral da Terra, Josep Iborra Plans, teme que o devido caso e a violência nas terras caiam no esquecimento, uma vez que os autores não são identificados e muitas vezes são "casos de milícias armadas com atuação de forças públicas".
Publicidade