Líder do governo e empresário são alvos de operação
Em desdobramento da Lava Jato, Ministério Público investiga desvio de dinheiro público em transações de usinas elétricas
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Policiais civis recolhem documentos e celulares para investigar fraude na compra de equipamentos. Foto: Amanda Campos/SBT
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná, com apoio Polícia Civil de SP, cumpre oito mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (16) em Curitiba, Maringá, Paiçandu, no Paraná, e em São Paulo (SP) para apurar os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócio no ramo de energia eólica.
As ordens judiciais expedidas pela 12ª Vara Criminal de Curitiba (PR) tem como alvos um escritório de contabilidade e em outros três endereços comerciais -- onde funcionam quatro empresas, além de quatro residências. Um dos mandados foi cumprido no apartamento do empresário paranaense Delmo Sergio Vilhena em um condomínio na região de Higienópolis, bairro nobre do centro de São Paulo.
De acordo como delegado do setor de capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) Evandro Lemos, esta operação começou a partir do desdobramento da Lava Jato, em novembro de 2019, quando a partir de uma colaboração premiada, o delator apontou Delmo Vilhena como suposto participante da fraude na compra de usinas eólicas entre 2011 e 2014. Segundo o Ministério Publico, os intermediários da compra tiravam vantagens e enriqueciam por meio das transações.
A delação aponta ainda ligação de Delmo com o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR) na fraude. Durante o cumprimento do mandado, o delegado conta que o empresário negou a acusação e afirmou que é "apenas amigo do deputado federal há mais de 30 anos e que não tem conhecimento sobre o esquema".
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Equipamentos eletrônicos serão enviados ao MP do Paraná. Foto: Amanda Campos/SBT
Procurado pelo SBT News, o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo, enviou uma nota, onde afirma que " está tranquilo e em total colaboração com as investigações. O parlamentar reafirmou a sua conduta ilibada e informou que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa. "Ricardo Barros, relator da Lei de Abuso de Autoridade, repudia o ativismo político do judiciário", finalizou.
Dois notebooks, um tablet e um celular do empresário foram recolhidos para investigação e devem ser enviados ao Ministério Público do Paraná. O processo está na 12ª Vara de Curitiba.
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