PT antecipa debate sobre 2022 e lança programa contra governo
Legenda prepara lançamento de um programa de reconstrução nacional, que deve ser apresentado ainda em setembro.
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O Partido dos Trabalhadores decidiu que não vai ficar apenas assistindo à popularidade do presidente Jair Bolsonaro aumentar, ao mesmo tempo em que o governo avança com medidas assistenciais como o auxílio emergencial e a criação de um programa para substituir o Bolsa Família. O PT prepara o lançamento de um programa de reconstrução nacional para superação da crise, que será apresentado ao país ainda neste mês de setembro.
A elaboração do programa está sendo coordenada pela Fundação Perseu Abramo, com participação de grupos setoriais petistas e, segundo o PT, vai contemplar sugestões de outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro -- PDT, PSol, PSB e PCdoB.
A exemplo do que fez em 2002, ao lançar a 'Carta ao Povo Brasileiro', o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai buscar o protagonismo no debate nacional de olho nas eleições presidenciais. Naquela Carta, apresentada meses antes de Lula ganhar sua primeira eleição ao Planalto, ele dizia: "O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para conquistar o desenvolvimento econômico que hoje não temos e a justiça social que tanto almejamos".
Em 2018, quando já estava preso, o ex-presidente lançou mais um documento. No 'Manifesto ao Povo Brasileiro', colocou-se novamente como alternativa na corrida presidencial. Mas, por causa das condenações na Lava Jato, sua candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Agora, embora continue inelegível, o ex-presidente Lula ainda é o maior líder da sigla e sua candidatura continua sendo um desejo dos correligionários. Caberá a ele, portanto, buscar a militância e envolver movimentos sociais na antecipação do debate das eleições de 2022.
O PT vai reforçar sua oposição ao governo Bolsonaro e chamar a população para debater alternativas para destravar a economia, diminuir as desigualdades e garantir justiça social. "O programa trata do papel do Estado no desenvolvimento e na prestação de serviços públicos, o que coloca o PT em oposição direta ao projeto de Paulo Guedes para a Economia. A proposta foi elaborada ao longo dos últimos três meses e diverge frontalmente dos caminhos trilhados pelo governo Bolsonaro", afirma o partido em seu site oficial.
Internamente, uma das maiores preocupações do PT é se manter detentor do discurso de que promoveu a maior distribuição de renda e expansão de programas sociais no país. Retórica que mantém a aproximação da sigla com as populações que mais necessitam de apoio assistencial, mas que está ameaçada diante dos números do programa de renda emergencial de enfrentamento à covid, lançado por Bolsonaro.
Até o final de agosto, foram pagos R$ 184,6 bilhões a 67,2 milhões de brasileiros. Inicialmente o benefício era de R$ 600, agora foi prorrogado com metade do valor. Mesmo assim, o novo valor ainda representa quase 60% a mais que a média do Bolsa Família, que é de R$ 191.
Agora, o PT corre para lançar o programa e expor suas bandeiras sociais antes que Bolsonaro consiga apontar alguma fonte de recursos que permita o pagamento do Renda Brasil, rebatizando o Bolsa Família com maiores valores e volume de beneficiários.
O partido vai destacar os números do desemprego no país, os índices que deixam explícitas as desigualdades sociais e o número de mortes no país de vítimas da covid-19.
A elaboração do programa está sendo coordenada pela Fundação Perseu Abramo, com participação de grupos setoriais petistas e, segundo o PT, vai contemplar sugestões de outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro -- PDT, PSol, PSB e PCdoB.
A exemplo do que fez em 2002, ao lançar a 'Carta ao Povo Brasileiro', o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai buscar o protagonismo no debate nacional de olho nas eleições presidenciais. Naquela Carta, apresentada meses antes de Lula ganhar sua primeira eleição ao Planalto, ele dizia: "O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para conquistar o desenvolvimento econômico que hoje não temos e a justiça social que tanto almejamos".
Em 2018, quando já estava preso, o ex-presidente lançou mais um documento. No 'Manifesto ao Povo Brasileiro', colocou-se novamente como alternativa na corrida presidencial. Mas, por causa das condenações na Lava Jato, sua candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Agora, embora continue inelegível, o ex-presidente Lula ainda é o maior líder da sigla e sua candidatura continua sendo um desejo dos correligionários. Caberá a ele, portanto, buscar a militância e envolver movimentos sociais na antecipação do debate das eleições de 2022.
O PT vai reforçar sua oposição ao governo Bolsonaro e chamar a população para debater alternativas para destravar a economia, diminuir as desigualdades e garantir justiça social. "O programa trata do papel do Estado no desenvolvimento e na prestação de serviços públicos, o que coloca o PT em oposição direta ao projeto de Paulo Guedes para a Economia. A proposta foi elaborada ao longo dos últimos três meses e diverge frontalmente dos caminhos trilhados pelo governo Bolsonaro", afirma o partido em seu site oficial.
Internamente, uma das maiores preocupações do PT é se manter detentor do discurso de que promoveu a maior distribuição de renda e expansão de programas sociais no país. Retórica que mantém a aproximação da sigla com as populações que mais necessitam de apoio assistencial, mas que está ameaçada diante dos números do programa de renda emergencial de enfrentamento à covid, lançado por Bolsonaro.
Até o final de agosto, foram pagos R$ 184,6 bilhões a 67,2 milhões de brasileiros. Inicialmente o benefício era de R$ 600, agora foi prorrogado com metade do valor. Mesmo assim, o novo valor ainda representa quase 60% a mais que a média do Bolsa Família, que é de R$ 191.
Agora, o PT corre para lançar o programa e expor suas bandeiras sociais antes que Bolsonaro consiga apontar alguma fonte de recursos que permita o pagamento do Renda Brasil, rebatizando o Bolsa Família com maiores valores e volume de beneficiários.
O partido vai destacar os números do desemprego no país, os índices que deixam explícitas as desigualdades sociais e o número de mortes no país de vítimas da covid-19.
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