Polícia Civil e MP investigam fraudes na Educação do DF
Supostas irregularidades foram encontradas em contratos da Secretaria de Educação do DF para merenda escolar e produção de videoaulas
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A Polícia Civil do DF cumpriu nesta manhã (9) 26 mandados de busca e apreensão em operações que apuram suposto favorecimento de empresas em contratos de merenda escolar e produção de vídeo aulas da Secretaria de Educação do DF. As operações aconteceram em Brasília, São Paulo e Piauí. Houve buscas em órgãos públicos, residência de servidores e ex-servidores e empresas.
Uma das operações, chamada de "Self Service", investiga a possibilidade de fraudes no caráter competitivo da licitação das merendas escolares que entregaria 94 milhões de refeições por R$ 375 milhões de reais. Uma das suspeitas é de que houve alteração nos parâmetros nutricionais das proteínas das merendas para beneficiar fornecedores.
Já a operação "Fames", que está na segunda fase, apura possíveis irregularidades no contrato de produção de vídeo-aulas. As duas são coordenadas pela Divisão Especial de Repressão à Corrupção da (Cecor), Ministério Público do Distrito Federal e a Controladoria-Geral da União.
De acordo com a Secretaria de Educação, o pregão eletrônico que previa a terceirização da merenda escolar foi suspenso em agosto para que fosse possível assegurar o bom uso dos recursos públicos. A pasta informou também que as vídeo-aulas estão suspensas desde final de junho.
Problemas na merenda
Em setembro do ano passado a Secretaria de Educação recolheu almôndegas de carne bovina que eram servidas nas merendas escolares por conter maior teor de gordura que o previsto. Um laboratório credenciado pela Vigilância Sanitária apontou que elas tinham um teor entre 9,19% e 9,93% de gordura, acima dos 8% estipulados em contrato.