Caso Flordelis: Justiça determina que filhos fiquem em prisões separadas
Medida servirá para impedir que os herdeiros não combinem versões e estratégias para dificultar as investigações

Primeiro Impacto
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que os filhos da deputada Flordelis (PSD-RJ), suspeitos de participação na morte do pastor Anderson do Carmo, fiquem em prisões separadas para não haja manipulação nas provas.
A decisão atende a um pedido do advogado Ângelo Máximo, que representa o pai da vítima. Atualmente, eles estão detidos no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste carioca. A polícia investiga participação de mais quatro pessoas no crime.
O herdeiro biológico da deputada, Flávio dos Santos Rodrigues, foi identificado como o executor do crime. Já Lucas César dos Santos, adotado pelo casal, é apontado como o responsável por adquirir a arma utilizada no assassinato.
Flordelis não foi presa por ter foro privilegiado, mas não pode deixar o Brasil e só tem permissão para se locomover entre Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde mora, e a Câmara de Deputados, em Brasília.
Acusação
Em entrevista exclusiva ao SBT, Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael Andrade, relembra a frieza da mãe no dia do assassinato.
"Quando a vi pela primeira vez, [depois do assassinato] meu coração fechou. Meu coração travou porque ela não estava chorando, estava muito superficial", afirma.
A desconfiança sobre o que de fato aconteceu começou ainda no hospital. Dias depois, o vereador prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo e apontou a parlamentar como mandante.
"Fui o primeiro a ter essa iniciativa, essa coragem de ir na delegacia e falar o que eu sabia.Triste porque tive que falar da minha mãe, que agora está na investigação, em envolvimento direto nisso. Ela foi a mentora intelectual, arquitetou todo esse plano macabro, falido. Deu certo porque eles, infelizmente, mataram meu pai".
Há mais de um ano, Flordelis e Misael não têm contato. Na entrevista, o político afirmou perdoar a deputada "caso ela realmente se arrependa".