África do Sul abate cerca de 7,5 milhões de galinhas em esforço para conter gripe aviária
Algumas mercearias em Joanesburgo já limitaram o número de ovos vendidos aos seus clientes -- há casos em que foi liberado apenas uma caixa de seis ovos por cliente
Sandra Santos
Surtos de duas estirpes distintas de gripe aviária ameaçavam criar uma escassez de ovos e aves para os consumidores na África do Sul, confirmou o governo nesta 3ª feira (3.out).
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Algumas mercearias em Joanesburgo já limitaram o número de ovos vendidos aos seus clientes -- há casos em que foi liberado apenas uma caixa de seis ovos por cliente -- e o governo reconhece que enfrenta um momento de "restrições de fornecimento".
O governo anunciou que aproximadamente 2,5 milhões de galinhas foram abatidas. A Associação Sul-Africana de Aves disse que mais 5 milhões de galinhas poedeiras foram mortas. Os 7,5 milhões de aves representavam cerca de 20-30% do total de frangos da África do Sul, disse o gerente geral da Associação Sul-Africana de Avicultura, Izaak Breitenbach.
O governo avança em acelerar novas licenças de importação, "para garantir fornecimentos suficientes aos consumidores", disse o Ministro da Agricultura, Thoko Didiza. O ministro também considera iniciar um programa de vacinação para travar os surtos de gripe aviária e disse que o número de fazendas com casos só aumenta.
A vizinha Namíbia proibiu as importações de carne de frango e ovos da África do Sul.
Wilhelm Mare, presidente do grupo avícola da Associação Veterinária Sul-Africana, disse que até 8,5 milhões de galinhas poedeiras podem ser afetadas e mais de 10 milhões de aves no total. "Isso me diz que teremos problemas com esta situação por um bom tempo", disse Mare.