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Tecnologia

Tesla demite 10% dos funcionários e 14 mil ficarão desempregados

Fabricante de carros elétricos não teve bom desempenho: produção sofreu queda diante da força dos concorrentes chineses

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Tesla tem mais de 140 mil funcionários em todo o mundo. Chinesas avançam no mercado de elétricos | Divulgação/Tesla
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A Tesla, do bilionário Elon Musk, deve demitir mais de 10% da sua força de trabalho no mundo todo. Segundo o site especializado Electrek, que teve acesso a um email interno da companhia, a fabricante de veículos elétricos pediu aos gerentes para identificar quem eram os membros críticos de cada equipe, preservados da demissão em massa.

A empresa não divulgou os números, mas confirmou os cortes. Atualmente a empresa tem mais de 140 mil funcionários e, segundo a Electrek, já existem relatos de funcionários que já tiveram o acesso bloqueado.

Elon Musk falou sobre a decisão:

"Não há nada que eu odeie mais, mas deve ser feito. Isso nos permitirá ser enxutos, inovadores e ávidos pelo próximo ciclo da fase de crescimento", explicou o CEO da Tesla.

Musk agradeceu aos demitidos e ressaltou que a Tesla está em busca do desenvolvimento das "tecnologias mais revolucionárias em automóveis, energia e inteligência artificial". Uma das novidades que devem ser anunciadas em agosto é o lançamento de um robotáxi, um veículo autônomo para transporte de passageiros.

Além disso, a empresa suspendeu o bônus de alguns funcionários e reduziu a produção da Gigafactory, em Xangai, na China, e no Texas, nos Estados Unidos. Projetos como a próxima geração de veículos Model 2, que custaria cerca de US$ 25 mil, foram paralisados.

Musk quer criar um modelo de robotáxi semelhante ao projeto do Cybertruck  | Reprodução.jpg
Musk quer criar um modelo de robotáxi semelhante ao projeto do Cybertruck | Reprodução.jpg

Trimestre ruim com avanço chinês

O principal motivo das demissões foi o resultado ruim das encomendas no primeiro trimestre deste ano. A Tesla não conseguiu cumprir com as metas de envio e teve uma redução nas vendas na comparação com o ano passado.

Isso se explica pela forte concorrência da montadora dos Estados Unidos com os concorrentes chineses BYD, que produz carros elétricos mais baratos e tem crescido rapidamente no mercado global e interno de veículos.

Confira a íntegra da carta interna que foi vazada:

Ao longo dos anos, crescemos rapidamente com múltiplas fábricas em expansão em todo o mundo. Com este rápido crescimento, houve duplicação de funções em determinadas áreas. À medida que preparamos a empresa para a nossa próxima fase de crescimento, é extremamente importante analisar todos os aspectos da empresa para reduzir custos e aumentar a produtividade. Como parte deste esforço, fizemos uma revisão completa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir o nosso número de funcionários em mais de 10% globalmente. Não há nada que eu odeie mais, mas deve ser feito. Isso nos permitirá ser enxutos, inovadores e ávidos pelo próximo ciclo da fase de crescimento. Gostaria de agradecer a todos que estão deixando a Tesla pelo seu trabalho árduo ao longo dos anos. Estou profundamente grato por suas muitas contribuições para a nossa missão e desejamos-lhe felicidades em suas oportunidades futuras. É muito difícil dizer adeus. Aos restantes, gostaria de agradecer antecipadamente pelo difícil trabalho que ainda temos pela frente. Estamos desenvolvendo algumas das tecnologias mais revolucionárias em automóveis, energia e inteligência artificial. À medida que preparamos a empresa para a próxima fase de crescimento, a sua determinação fará uma enorme diferença para nos levar até lá. Obrigado, Elon

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