Motorista que bateu em muro e causou mortes vai responder em liberdade
Universitárias foram enterradas no ES; sobrevivente que foi arremessado de carro fala sobre acidente
Foram enterrados os corpos das duas universitárias que morreram depois que o veículo em que estavam bater em um muro de um condomínio em Serra, no Espírito Santo.
Cinco pessoas estavam no carro. Todos saíam de uma festa universitária na capital Vitória, trafegando pela rodovia Norte-Sul, na madrugada de domingo (7). O sobrevivente afirmou que o motorista estava “alterado”. O condutor chegou a ser preso, mas vai responder pelo caso em liberdade.
Luma Alves da Silva e Natiele Lima dos Santos, as duas com 19 anos, não resistiram aos graves ferimentos. Elas estavam no banco de trás do veículo. Imagens de câmeras de monitoramento registraram o acidente. É possível ver que duas pessoas foram arremessadas em segundo testemunhas e moradores, o excesso de velocidade no trecho é uma prática comum.
Uma delas é Arthur Barbosa, que ficou com ferimentos por todo o corpo. Segundo o rapaz, o motorista estava “meio alterado”, entrou na curva de forma muito rápida e perdeu o controle do carro.
O motorista do veículo foi identificado como Daniel Ramos Guedes, de 24 anos. Ele saiu ileso e se negou a fazer o teste do bafômetro. De acordo com Arthur, ele e as amigas conheceram o condutor durante a festa.
Motorista teve liberdade concedida no dia da tragédia
Daniel foi preso pela recusa em fazer o teste e porque o pneu traseiro do carro estava “careca”. Antes dos corpos das vítimas serem enterrados, ele teve a liberdade provisória concedida pela Justiça no mesmo dia do crime.
O juiz responsável pela decisão considerou que Daniel é réu primário, tem endereço fixo e é empregado, com a liberdade não oferecendo riscos. Ele não pode sair da Grande Vitória sem autorização judicial e está proibido de ir a bares e casas noturnas, devendo comparecer às autoridades sempre que solicitado pela Justiça.
O motorista vai responder por homicídio culposo, sem intenção de matar. A lei prevê até 8 anos de prisão em casos de embriaguez ao volante e a pena inclui a perda do direito de dirigir.