Trump comemora suspensão do programa de Jimmy Kimmel
Atração de entrevistas foi tirada do ar "por tempo indeterminado” após comentários sobre a morte do ativista Charlie Kirk
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel, da emissora ABC. Em publicação nas redes sociais, na quarta-feira (17), o republicano parabenizou a emissora, dizendo que Kimmel é pior que Stephen Colbert, que também teve o programa cancelado recentemente.
“Ótimas notícias para a América: as classificações desafiadas Jimmy Kimmel Show é cancelado. Parabéns à ABC por finalmente ter a coragem de fazer o que tinha que ser feito. Kimmel tem zero talento e classificações piores do que Colbert, se isso for possível”, escreveu Trump.
A suspensão do programa foi anunciada por um porta-voz da ABC, que disse que o talk show ficará fora do ar por tempo indeterminado. A decisão foi tomada depois da operada Nexstar suspender a exibição do programa devido a comentários feitos pelo apresentador sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, na última semana.
Durante programa na segunda-feira (15), Kimmel, que é crítico do governo Trump, disse que “a turma do Maga” (sigla para “Make America Great Again”, ou Torne a América grande de novo, na tradução livre para o português) estava “fazendo de tudo para ganhar pontos políticos” com o crime. Afirmou, ainda, que o presidente e seus aliados estavam “fazendo o seu melhor para atiçar as chamas” no país.
A suspensão do talk show desencadeou críticas de políticos e profissionais da mídia. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, por exemplo, afirmou que a medida tomada pela ABC é uma ataque à liberdade de expressão. O mesmo foi dito pelo líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, que afirmou que “todos deveriam estar se manifestando para impedir o que está acontecendo com Kimmel”.
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O jornalista Don Lemon, por sua vez, classificou a ação como “assustadora”, enquanto o apresentador do The Daily Show Michael Kosta destacou o trecho da Primeira Emenda da Constituição que garante a liberdade de expressão. "Este é um momento sério na história americana. As redes de TV devem reagir. Isso é uma completa tolice", disse.
