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Senado argentino aprova aumento para aposentados e desafia política fiscal rígida de Milei

Javier Milei classificou a decisão como "incompatível" e prometeu vetar o texto; disputa pode chegar à Justiça

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Foto: Reprodução / REUTERS, Agustin Marcarian
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O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira (10) um projeto de lei que aumenta em 7,2% os benefícios pagos a aposentados e pensionistas, além de prever bônus para quem recebe o valor mínimo do benefício.

A medida, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, passou com 52 votos favoráveis e quatro abstenções, em uma sessão convocada pela oposição.

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Milei, que assumiu a presidência em 2023 com um discurso baseado no corte de gastos e na contenção da inflação, classificou a proposta como incompatível com sua meta de superávit e prometeu vetar o texto.

“Vamos vetar. E se, por acaso o que eu não acredito que vá acontecer, o veto for derrubado, vamos levar à Justiça”, declarou, durante um evento na bolsa de valores de Buenos Aires.

O presidente argentino já havia vetado tentativas semelhantes no passado, mas desta vez analistas apontam que será difícil impedir que o Congresso mantenha a decisão.

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Durante a votação, o senador oposicionista Mariano Recalde defendeu o projeto como um “alívio” para milhões de aposentados afetados pela crise econômica.

A votação também incluiu a extensão da moratória previdenciária, que permite aposentadorias sem tempo mínimo de contribuição, e a declaração de emergência no atendimento a pessoas com deficiência.

As medidas são vistas como uma resposta direta aos protestos organizados semanalmente em frente ao Congresso Nacional, onde milhares de aposentados cobram a recomposição de suas rendas. Em algumas ocasiões, os atos resultaram em confrontos com a polícia.

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