Rússia minimiza novo pacote de sanções aprovado pela União Europeia
Kremlin afirma que medidas são ilegais e que país já se adaptou; UE adota limite de preço mais rígido para petróleo russo
SBT News
com informações da Reuters
Fontes do governo russo e do comércio minimizaram o impacto das novas sanções ao petróleo, aprovadas pela União Europeia nesta sexta-feira (18). O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirma que a Rússia desenvolveu uma resistência às sanções ocidentais.
“Dissemos repetidamente que consideramos essas restrições unilaterais ilegais; nos opomos a elas”, declarou. “Mas, ao mesmo tempo, é claro, já adquirimos uma certa imunidade contra as sanções; nos adaptamos à vida sob sanções.”
Segundo ele, as medidas têm efeito reverso: “Cada novo pacote acrescenta um efeito negativo para os países que aderem a ele. Essa é uma faca de dois gumes.”
Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, considerou a decisão “essencial e oportuna”, em meio ao avanço da ofensiva aérea russa contra cidades e vilarejos da Ucrânia.
Novo pacote de sanções
Esse é o 18º pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia. As novas medidas visam aumentar a pressão sobre o setor de petróleo e energia russo.
Entre as ações, está a criação de um teto de preço móvel para o petróleo russo, fixado em 15% abaixo do preço médio de mercado. A iniciativa busca tornar mais eficaz o limite anterior de US$ 60 imposto pelo G7 desde dezembro de 2022, mas amplamente ignorado até agora.
"A UE acaba de aprovar um de seus mais severos pacotes de sanções contra a Rússia. […] Continuaremos aumentando os custos, de modo que parar a agressão se torne o único caminho a seguir para Moscou", disse a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, na rede X (antigo Twitter).
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Apesar das tentativas anteriores, a Rússia tem conseguido vender a maior parte de seu petróleo acima do teto, diante da falta de fiscalização clara e da descrença entre comerciantes quanto à efetividade das sanções.
O novo pacote também proíbe transações ligadas aos gasodutos Nord Stream, no Mar Báltico, e impõe restrições ao setor financeiro russo.
