Caso Diddy: Júri tem decisão parcial sobre quatro das cinco acusações contra o rapper
Jurados decidiram sobre duas acusações de tráfico sexual e duas de transporte para envolvimento em prostituição; o resultado não foi revelado

João Pedro Vaz
com informações da Reuters
O júri do caso Sean "Diddy" Combs chegou a um veredito, nesta terça-feira (1°), sobre quatro das cinco acusações contra o magnata da música norte-americana. Porém, o resultado ainda não foi divulgado.
Após dois dias de deliberação, jurados chegaram a um veredito sobre quatro acusações - duas de tráfico sexual e duas de transporte para envolvimento em prostituição - segundo o juiz distrital que supervisiona o caso, Arun Subramanian.
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O magistrado declarou que os jurados não conseguiram chegar a um veredito sobre uma quinta acusação - de conspiração para extorsão - pois tinham "opiniões inconciliáveis de ambos os lados". As deliberações voltam na quarta-feira (2) às 9h.
Combs, de 55 anos, declarou ser inocente das cinco acusações. Se condenado por tráfico sexual ou extorsão, o ex-bilionário poderá pegar prisão perpétua.
O veredito parcial veio após um julgamento de sete semanas no qual duas ex-namoradas do magnata da música, testemunharam que sofreram abusos físicos e sexuais.
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Os promotores acusam Combs de extorsão porque, durante duas décadas, usou seu império empresarial para forçar duas de suas ex-parceiras a participar de atos sexuais gravados que duravam vários dias, sob efeito de drogas, durante as festas conhecidas como " Freak Offs".
Os advogados de defesa reconheceram que o empresário era violento, às vezes, nos relacionamentos domésticos. Porém, todas as atividades sexuais descritas pelos promotores eram consensuais.
Júri pede revisão de testemunho
Ainda nesta terça-feira (1°), o júri requisitou a revisão de partes do depoimento da cantora de R&B Casandra "Cassie" Ventura, que acusou Combs de forçá-la a participar de "Freak Offs" durante uma década de relacionamento.
Os 12 membros do conselho pediram para revisar o depoimento de Ventura sobre um incidente de 2016, em um hotel em Los Angeles, quando uma câmera de vigilância capturou imagens do cantor chutando e arrastando Cassie por um dos corredores do hotel. Os jurados viram as imagens diversas vezes durante o julgamento.
Os promotores afirmam que a conduta equivale a tráfico sexual, visto que Combs usou força e proferiu ameaças, como cortar o apoio financeiro ou divulgar vídeos de sexo da ex-parceira com o intuito de coagi-la a participar das apresentações.
A defesa de Combs apontou mensagens de texto carinhosas e de cunho sexual explícito entre os dois durante o relacionamento, para reforçar o argumento de que ela participou dos "Freak Offs" para fazê-lo feliz.
Os promotores acusaram o rapper de conspiração para extorsão, alegando que seus funcionários facilitaram os abusos, disponibilizando quartos de hotel para as festas sexuais e com a compra de drogas ilícitas.
*com informações da Reuters