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Acordo reforça imagem da China como potência capaz de se contrapor aos EUA, avalia especialista

Reunião entre Trump e Xi Jinping resultou em um acordo temporário que prevê cooperação em temas sensíveis como terras raras, soja e fentanil

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O recente acordo comercial entre Estados Unidos e China representa mais uma trégua do que uma solução duradoura para as tensões entre as duas potências. A avaliação é da professora de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, que participou do programa Mapa Mundi desta sexta-feira (31).

Questionada pela correspondente Patrícia Vasconcellos sobre quem saiu ganhando do encontro bilateral na Coreia do Sul, a especialista afirmou que a China conseguiu concessões importantes dos Estados Unidos, mas que os americanos também se beneficiaram em assuntos caros ao eleitorado de Trump.

"Trump precisava dar indicações positivas que tinha ganhos, a soja é uma delas. A questão de conseguir uma prorrogação do prazo para as medidas de restrição de importação de terras raras também foi importante", disse.

Ainda segundo Denilde, foram justamente as terras raras que fizeram com que Xi Jinping conseguisse trazer o homólogo para a mesa de negociação.

“Ao colocar as terras raras na mesa, a China fez com que os EUA tivessem que sentar na mesa de negociação e também retroceder em alguns pontos”, afirmou.

Para a especialista, mais do que os resultados imediatos, o que chama atenção é a forma como o diálogo se desenvolveu entre os líderes dos dois países.

“É menos o resultado e mais a dinâmica desse diálogo entre Xi Jinping e Trump que deixa uma percepção de que a China ganha mais e se mostra como um país que consegue, de fato, se contrapor aos EUA”, concluiu.
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