Endividamento aumenta pelo segundo mês consecutivo e atinge 78% dos brasileiros
Cenário é reflexo da queda da taxa de juros; cartão de crédito continua como principal fonte de dívidas
O número de brasileiros com dívidas a vencer aumentou pelo segundo mês consecutivo. É o que mostra a pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que contabilizou 78,5% de endividados em abril. A taxa, segundo a entidade, é 0,2 ponto percentual superior ao registrado no mesmo mês em 2023.
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Entre as principais modalidades de dívidas, o cartão de crédito segue liderando o ranking, sendo utilizado por 87,1% do total de devedores – um aumento de 0,3 p.p na comparação com abril do ano passado. Carnê (-0,8 p.p) e cheque especial (-0,1 p.p), por outro lado, apresentaram queda na representatividade na carteira de crédito dos consumidores.
O cenário, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, é reflexo da queda da taxa de juros, que estimula o acesso ao crédito por conta de um menor custo financeiro. As projeções indicam que o endividamento deve continuar em ascensão, o que exigirá maior atenção ao risco de aumento de dívidas em atraso, sobretudo no fim do ano.
Em relação à inadimplência, a taxa se manteve em 28,6% da população. No entanto, o número de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas foi o maior no ano, chegando a 12,1%. Esse aumento foi acompanhado pelo crescimento de 0,4 p.p na parcela de famílias consideradas “muito endividadas”: 17,2%.
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No geral, o Paraná foi o estado com o maior nível de endividamento em abril, atingindo 90,3%. No quesito inadimplência, o Rio Grande do Norte destacou-se como o estado com o maior percentual de famílias com contas em atraso (55,9%). Já o Amazonas apresentou o maior número de famílias incapazes de pagar suas dívidas atrasadas, com 21,7%.
