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Aumento das temperaturas e chegada da temporada de chuva reacendem alerta de combate à dengue

Brasil registrou mais de seis mil mortes por dengue em 2024; municípios intensificam combate com apoio da tecnologia

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Com o aumento das temperaturas e a chegada da temporada de chuvas, aumenta o alerta para a dengue em todo o Brasil. Em 2024, a doença causou mais de seis mil mortes em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, municípios já antecipam ações de prevenção, como em Porto Alegre, onde novas tecnologias estão sendo usadas para combater o mosquito Aedes aegypti.

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Como Porto Alegre está combatendo o mosquito da dengue?

Agentes de saúde percorrem as casas para eliminar possíveis criadouros do mosquito. A prefeitura da capital gaúcha antecipou o calendário de prevenção e implantou duas novas tecnologias: uma para monitorar as áreas com maior incidência e outra para reduzir a presença do inseto.

Entre as novidades, estão potes plásticos com telas embebidas em um produto biológico que interrompe o desenvolvimento das larvas. A tecnologia, desenvolvida pela Fiocruz, é segura para humanos e animais domésticos e já é usada em outros estados.

“De certa forma, o próprio mosquito ajuda a combater o mosquito. Ele é atraído para o dispositivo, se contamina e espalha o produto biológico em outros criadouros”, explicou Alexandre Campanhoni, gerente de vigilância ambiental.

O que é a dengue e quais os principais sintomas?

O Aedes aegypti transmite vírus como dengue, zika e chikungunya. A dengue é uma doença febril aguda e potencialmente grave, que pode evoluir rapidamente.

Os principais sintomas são: febre alta, dores no corpo, náuseas, cansaço extremo e dor atrás dos olhos.

A empresária Nathalia Waechter contraiu a doença e relembra:

“Foram sete dias terríveis. A gente não consegue fazer nada, é muita dor no corpo.”

Número de casos e mortes cresce nos últimos anos

Entre 2022 e 2024, o Brasil registrou um aumento expressivo no número de casos e mortes por dengue. Somente no último ano, 6.321 pessoas morreram em decorrência da doença.

Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da prevenção contínua, especialmente antes do verão.

“Precisamos ter consciência coletiva. Às vezes é preciso agir até pelo próximo — tirar um balde, virar uma garrafa, eliminar criadouros visíveis na rua. Isso faz diferença”, ressaltou Campanhoni.

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O que fazer para evitar criadouros?

Tampas mal colocadas, baldes esquecidos no quintal e pratos de plantas com água acumulada são locais ideais para a reprodução do mosquito.

Nathalia conta que, depois da experiência, redobrou os cuidados:

“Aqui em casa não deixamos mais água parada. Repelente o tempo todo.”

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