Brasil ultrapassa a marca de três mil pessoas superinteligentes
Estima-se que 5% da população mundial seja de super inteligentes
Simone Queiroz
O Brasil ultrapassou a marca de três mil pessoas superinteligentes. Elas foram identificadas por uma entidade global. Especialistas alertam que descobrir, desde bem cedo, que uma pessoa é superdotada é essencial para desenvolver e aproveitar os talentos.
Pais - sempre corujas - costumam achar os filhos mais espertos, mais inteligentes que as outras crianças. No caso do Pedro Henrique, não foi 'corujice', papai e mamãe tinham toda a razão.
Aos 2 anos e 8 meses, Pedrinho é o brasileiro superdotado de menor idade reconhecido pela mais importante instituição internacional que cadastra pessoas com quociente de inteligência acima da média. O resultado do teste de QI até 100 é considerado normal. O do menino que vive em são paulo é 130, como atesta o laudo elaborado por psicólogos.
Ele arruma as letras para escrever o próprio nome. "Não sabe ler, mas ele reconhece as letras então ele soletra, ele vê a palavra e pronuncia. Então ele memorizou", conta a mãe Denísia Volpis.
Além do abecedário, que ele sabe inteiro, Pedrinho reconhece as cores e com um detalhe: em inglês também.
Ele mora com os pais e a irmã, 18 anos mais velha que ele, estuda em horário integral. Em casa, assim como na escola, é super organizado, gosta de tudo ordenado e de forma lógica.
Na China, Estados Unidos e até em alguns países da Europa, as crianças são testadas desde pequenas para que logo sejam identificados os super inteligentes. No Brasil, embora isso não aconteça, em 8 meses, triplicou o número de cadastros na instituição que testou Pedro. Pais e escolas estão mais atentos.
Alguns sinais devem chamar atenção. "Um raciocínio muito rápido para resolver problemas, pessoas que tem boa memoria de longo prazo, ou seja, conseguem captar informações, recuperar essas informações com facilidade, boa memoria operacional, pessoas que conseguem distinguir sons e visualizações detalhes em imagens com muita facilidade e crianças que aprendem a ler muito cedo, compor uma música, ou pintar um quadro muito cedo, aprender idiomas muito cedo", afirma Carlos Eduardo Fonseca, vice-presidente da Associação Mensa Brasil.
Como o Pedro, 3.133 brasileiros estão cadastrados como superdotados, mas esse número é muito maior, porque estima-se que 5% da população mundial seja de super inteligentes e é muito importante reconhecê-los. É porque eles têm garantidos por lei alguns direitos, como, por exemplo, a adaptação de currículo escolar para estimular e desenvolver altas habilidades, mudar de série para acelerar o aprendizado em outras áreas do conhecimento, o que é bom para a criança e para o país.